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Bolsonaro segura líder, mas cobra sintonia com Maia

Leandro Mazzini

27/05/2019 15h25

Foto: Rede Brasil Atual

O presidente Jair Bolsonaro, em reunião com o líder do Governo na Câmara Federal, Major Vitor Hugo (PSL-GO), determinou que ele se reconciliasse com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, como condição para mantê-lo no cargo. Feito, na sexta-feira.

Presidente nacional do PSL, partido de Bolsonaro, o deputado Luciano Bivar (PE) afirma à Coluna que o partido está fechado com o líder Vitor Hugo e nega que haja a intenção do Palácio ou da bancada de substituí-lo.

Mas já havia lista de indicados de partidos do Centrão (PP, PRB, PR, SD, DEM) na mesa de Bolsonaro. E Maia, que descartou conversa com Vitor Hugo, ainda está um pouco reticente, embora tenha enviado sinais positivos a Bolsonaro.

Sobre as derrotas no Congresso, Bivar pondera que matérias importantes do Palácio – como reestruturação dos ministérios -, passaram e a tendência agora é consolidar a base.

Ao negar atritos com o DEM, Bivar também usa tom conciliador e diz ver no presidente da Câmara é um aliado “que recebeu e recebe o apoio do partido (PSL)”.

 

Barba S.A. 

O ex-presidente Lula da Silva, condenado por corrupção e preso em Curitiba, continua atuando politicamente da cadeia em duas frentes de olho nas ruas. Enquanto elabora a rota de Fernando Haddad (PT) para a Caravana ‘Lula Livre’, pediu a Carlos Lupi, presidente do PDT – que o visitou há dias – que faça gestões junto a instituições.

Lula pediu a Lupi que promova encontros com diferentes setores da sociedade para que participem de mobilização “em defesa da soberania nacional”. “Vou marcar reuniões com ministros do STF, representantes da CNBB, OAB, centrais sindicais, empresários, professores e estudantes”, diz Lupi à Coluna.

A mobilização, na visão do líder petista, é pela Petrobras e pelos investimentos em educação. Vale ressaltar que Lula, quando presidente, já chegou a bloquear até R$ 10 bilhões do setor. E não houve a gritaria de hoje. Surfava na popularidade.

 

Até a merenda 

O PSOL na Câmara esmiuçou dados do Planejamento e aponta que o contingenciamento “perpassa” todos os níveis da educação e ultrapassa os R$ 5 bilhões, afetando da pós-graduação até a merenda das crianças nos centros de educação infantil.

O levantamento indica que R$ 1,83 bilhão bloqueados das universidades pagariam as contas de água, energia, telefone, vigilância, limpeza e compra de materiais (inclusive papel higiênico e outros produtos, que já faltam em muitas unidades).

O contingenciamento, aponta o Psol, compromete também a implantação de vários novos campi de universidades federais, todos no Norte e Nordeste: R$ 7,3 milhões (37% do total) foram cortados da implementação da Universidade Federal do Oeste da Bahia; R$ 8,1 milhões (36%) da Universidade Federal do Cariri; R$ 5,5 milhões (35%) da Universidade Federal do Sul da Bahia;  e R$ 6,7 milhões (37%)  da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. 

 

Da democracia 

Os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Marcelo Freixo (PSOL), de ideologias bem distintas, andam conversando, e muito, na Câmara. Alguns estranham, mas é do jogo.

Morde, assopra

Após ser atacado pela militância virtual bolsonarista e por deputados governistas, o presidente da Comissão Especial que analisa da Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), foi procurado por lideranças do PSL que rechaçaram as acusações de suposto atraso na tramitação do texto.

 

Acorda, ministro

Está cada vez pior o clima entre o Ministério da Justiça e o Palácio, com ministros no cangote de Sérgio Moro alertando sobre os riscos das decisões do Grupo de Trabalho para reduzir a carga tributária do cigarro, na esteira do debate sobre o contrabando.

Na ponta do problema, nos bastidores, está a Souza Cruz, a maior fabricante do País. O comentário no MJ é que eventual decisão a favor dos cigarros – que causam prejuízo de R$ 57 bilhões/ano na Saúde – será barrada no Palácio e no Ministério da Economia, que precisa arrecadar, e não abrir mão de impostos sobre um setor tão problemático.

 

Versão romântica

O mais renomado consultor de crises do País envolve-se, há meses, num projeto pessoal literário egresso das introspecções – e o leitor não se assuste nas livrarias, não é um homônimo o da capa floreada. Mário Rosa lança ‘Prosas com melodia de amor e de destino’ (Geração editorial), também em áudio-book. Pelos trechos que leu amigos, vem literatura na veia, diferente das análises conhecidas nas obras anteriores.

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