Por Walmor Parente
A articulação do presidente Jair Bolsonaro com os presidentes da Câmara e do Senado para “sepultar” a taxação de energia solar reforça a insatisfação do Governo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A atual diretoria da reguladora é ocupada por indicados pelo MDB e DEM com mandatos que só vencem em 2022, último ano do governo Bolsonaro. Além do ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-presidente José Sarney e o ex-senador Valdir Raupp são os padrinhos dos diretores da agência.
Aberta pela Aneel em outubro do ano passado, a consulta que prevê a redução gradual de subsídios para consumidores que geram a própria energia foi duramente criticada por parlamentares.
À época, o diretor da Aneel, Rodrigo Limp, indicado pelo DEM, foi à Câmara e alegou que a revisão já estava prevista desde 2015 e tem o objetivo de evitar que consumidores não produtores paguem pela geração distribuída.