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Bolsonaro enquadra Mandetta e ministro abraça discurso do chefe

Leandro Mazzini

26/03/2020 14h47

Foto: Agência Brasil

Quem assistiu na coletiva de ontem a defesa do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, sobre o discurso polêmico e controverso do presidente Jair Bolsonaro na noite anterior pode estranhar a surpresa, mas quem acompanha os bastidores do cenário garante: No início do dia, o ministro ensaiou entregar o cargo e avisou que deixaria o cargo à disposição.

Bolsonaro deu um ultimato a ele, para escolher entre o DEM e o ministério; e Mandetta escolheu ficar. O ministro, consciente da sua importância no atual processo, engoliu seco o discurso que teve repercussão internacional e praticamente rifou todo o esforço da força-tarefa do ministério.

Aliados de Mandetta no Mato Grosso do Sul, consultados, foram importantes na decisão de o ministro permanecer no cargo.

Bolsonaro quer afastar o DEM do Governo – partido de Mandetta, deputado federal licenciado. Começou por tirar Onyx Lorenzoni da Casa Civil – mas o manteve perto, por gratidão como aliado da campanha de 2018.

Padrinho de Mandetta no ministério, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), rompeu com Bolsonaro. Ele e Mandetta se conhecem há décadas, desde os tempos de faculdade de Medicina no Rio. Ficou brabo ao saber que o aliado decidiu ficar na pasta.

 

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