Durante todo o seu mandato de senador, em especial nos quatro anos em que presidiu o Senado, o mineiro Rodrigo Pacheco notabilizou-se pela postura moderada.
Houve, ao longo desse período, quem o considerasse politicamente neutro. Embora obviamente se opusesse a tentativas de golpe bolsonarista e ao badernaço de 8 de janeiro, não ficou claro, em momento algum, se ele era partidário do governo Lula ou se procurava outros caminhos.
Isso acabou.
Esta semana, Rodrigo Pacheco fez um pronunciamento forte contra todo e qualquer golpismo.
Em solenidade à qual estava presente o presidente da República, ao lado de Janja, Rodrigo Pacheco disse que o Brasil precisa de Lula na presidência, assim como precisa mobilizar todas as suas forças contra o golpismo.
O senador criticou especialmente a possibilidade de anistia para os envolvidos nessas ações, afirmando que não incluiria “traição à democracia” na lista de acertos e erros de sua carreira política.
Defendeu o papel das universidades para preparar estudantes progressistas, atacou toda a direita e fez uma profissão de fé dirigida ao atual governo.
Lula deixou o encontro com a ideia de que Pacheco aceitará uma candidatura de esquerda ao governo de Minas.