Uma composição de contrários garantiu nesta terça-feira o avanço do projeto que permitirá uma reformulação do Setor Comercial Sul, apontado como uma das regiões mais decadentes de Brasília.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o bolsonarista Thiago Manzoni, avaliou que a aprovação “é um marco histórico, por abrir as portas do SCS para a população de Brasília, para os empreendedores do Distrito Federal, para a prosperidade daquele setor”.
O petista Chico Vigilante garantiu que “o projeto vai abrir a oportunidade de muitos empregos no SCS, e de empregos qualificados com boas remunerações”. Fábio Félix, do PSOL, assegurou que “a diversificação da atividade econômica ajudará na revitalização do Setor Comercial Sul”.
Enviado à Câmara pelo Buriti, em sua versão final o projeto permite a autorização para instalação de empresas de mais de 200 segmentos da economia no SCS. Exemplos são universidades e empresas de tecnologia, que hoje não podem instalar sedes no SCS.
Também estão lá discotecas, danceterias, salões de dança, boliches, jogos de sinuca e bilhar e até jogos eletrônicos recreativos.
O que fazer com a turma do crack
Fica no ar o que acontecerá com os principais ocupantes das vias e demais espaços públicos do Setor Comercial Sul, que são os usuários de drogas.
O distrital Fábio Félix alertou para “a necessidade de manutenção de equipamentos públicos de atendimento à população em situação de vulnerabilidade” no local.
“A gente precisa pensar com muita cautela, com muita seriedade na questão social, porque não há nenhuma política higienista que tenha funcionado”, ressaltou.
A esperança dos autores da lei é que pessoal em situação de vulnerabilidade seja absorvido pela área social do GDF por meio de programas, em parceria com as empresas que se instalarem lá. Parece difícil. A instalação de albergues foi especialmente vetada pelos distritais.
Também será preciso encontrar uma solução para os estacionamentos, que congestionam a região.