Já são três os distritais que negociam uma nova filiação partidária. Rogério Morro da Cruz, eleito principalmente com votos de São Sebastião, não ficará no PMN, o Partido da Mobilização Nacional, que não atingiu o quociente eleitoral.
Isso significa que a legenda não terá direito a tempo de televisão e rádio, nem à dinheirama do fundo eleitoral. Isso permite aos filiados que conseguiram mandato – pouquíssimos e nenhum a nível federal – sigam novos rumos sem se preocuparem com a fidelidade partidária.
É a mesma situação das distritais Jaqueline Silva e dra Jane Klebia, ambas eleitas pelo Agir, outra legenda de aluguel que ficou aquém do quociente eleitoral.
MDB pode duplicar a bancada
Nenhum dos três distritais bateu o martelo até agora. Mas todos eles estão no bloco que apoia o governador Ibaneis Rocha.
Claro, o poder sempre exerce atração. Rogério, Jaqueline e Jane Klebia negociam preferencialmente com o MDB, partido de Ibaneis. Se esse for o destino deles, o MDB duplicará a bancada que saiu das urnas, com três distritais.
Isso o coloca como a segunda maior legenda na Câmara Legislativa, atrás apenas do PL bolsonarista, que fez quatro. Caso os três se filiem ao MDB, o partido aumentará a bancada para seis.
De olho nas urnas
Ganhar espaços na estrutura do governo é, claro, o principal fator de atração em qualquer redefinição partidária. Mas não constitui a única.
Afinal, pertencer ao partido do Buriti não é condição indispensável para participar de qualquer governo. A fidelidade às suas bandeiras, sim, pode garantir os mesmos espaços.
E os distritais precisam assegurar sua reeleição. Ficar em partidos com muitos puxadores de votos ajuda no quociente eleitoral, mas embute riscos na disputa interna de votos.
Basta ver que na eleição passada ao menos quatro nomes de peso sobraram na lista do MDB, ainda que individualmente bem votados. Por isso é possível que Rogério, Jaqueline e Jane Klebia sigam para legendas que apoiam o governo Ibaneis e são menos concorridas.
Estão na lista o União Brasil, que não foi bem na eleição passada, e o Republicanos, que saiu muito forte a nível federal, mas deixou a desejar na corrida para a Câmara.