O deputado distrital Robério Negreiros (PSD), pré-candidato à reeleição, deverá ser indenizado em quase R$ 40 mil pelo Facebook. Isso porque a rede social excluiu , sua fanpage, há cerca de dois anos, sob a alegação de ele ter mesclado páginas alheias para engordar seu alcance. O parlamentar entrou com ação judicial, justificando que os perfis aglutinados eram ligados a ele e, portanto, a fusão seguiu as normas da rede. A empresa recorreu e agora o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) decidiu em favor do deputado, que comemorou. “Agora foi feita justiça, porque não existia qualquer infringência das normas”, disse.
E os likes?
Apesar da vitória no tribunal, o deputado sofreu um baque e perdeu bastante engajamento no Facebook. Antes da exclusão da fanpage, Robério tinha cerca de 34 mil seguidores. Sua página atual conta com pouco menos de seis mil e não possui o selo de verificação da rede social. Haja like para se recuperar.
Mitose proporcional
O presidente regional do PPS, Chico Andrade, aguarda os rumos que a coligação encabeçada por Ibaneis Rocha (MDB) vai tomar para decidir quanto aos cargos proporcionais de seu partido. Segundo ele, se mais siglas trouxerem nominatas do calibre de Júlio César (PRB) para a disputa a deputado federal, ele vai desligar a chapa do PPS apenas para esse posto. “Já mencionamos que vamos lutar pela competitividade”, garante.
Na hora do vamos ver…
Segundo Andrade, o partido pensou em se lançar sozinho nas vagas para distrital também, mas os pré-candidatos não ajudaram. “Temos problemas com pessoas que, no custo da pré-campanha, não vislumbraram nessa alternativas as condições ideais. Tem gente que acha que política é colocar o nome e pronto. Não levam em conta os sacrifícios”, critica. Segundo ele, a expectativa do PPS é emplacar dois distritais na Câmara Legislativa e um federal no Congresso.
Meritocracia
O Partido Novo segue mantras do empreendedorismo liberal para se promover, a exemplo da meritocracia. O presidente regional do Novo, Edvard Corrêa, repete o termo seguidas vezes ao explicar os ideais que sustentam a sigla e descarta qualquer possibilidade de coligação com partidos considerados da “velha política” no DF. Ele detalha que o extenso processo de escolha da legenda, uma espécie de concurso para chegar aos candidatos finais, faz parte do processo de qualificação dos nomes.
Know-how
No DF, o nome ao Buriti será o herdeiro da rede de restaurantes Giraffas, Alexandre Guerra, e ele fala bastante sobre novos modos de fazer política. O candidato só não parece muito afinado com o cenário atual. Perguntado sobre a possibilidade de se coligar com o nanico PRTB, cujo postulante ao Senado, Átila Maia, ventilou se unir ao Novo, Guerra perguntou “quem era” o PRTB. Depois ele disse não ter controle sobre as articulações políticas e encaminhou o assunto a Edvard.
Até tu?
Curiosamente, o candidato ao Buriti pelo PRP, General Paulo Chagas, demonstrou o mesmo desconhecimento. Como Átila Maia, do PRTB, também cogitou se coligar com a sigla do militar, ele foi perguntado sobre a possibilidade e… direcionou a demanda para o presidente do PRP-DF, Adalberto Monteiro. Será que na nova política os gestores querem ser apenas a pessoa que assina as decisões?
Inimigo íntimo
Antes do período de pré-campanha, muito se falava sobre esquerda, contra direita e a polarização das discussões. No DF, a briga é mais intensa entre os representantes dos mesmos espectros políticos. Por exemplo, durante o encontro deliberativo do PT, no último sábado – evento com caráter de convenção regional – as palavras mais duras não foram destinadas sequer a Temer, pouco mencionado, mas ao antigo queridinho Cristovam Buarque.
Direitão
O ex-governador eleito pelo PT foi execrado por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Chamaram ele de tudo, menos de bonito. “Traidor representante da nova direita” foi a frase mais acalentadora, proferida pela presidente do PT-DF, Érika Kokay, ao ex-aliado. Cristovam, atualmente, coliga com Rogério Rosso (PSD) para tentar se reeleger ao Senado.
Do outro lado
No pólo oposto de atuação política, a oposição a Rollemberg vinda do centro e da direita se engalfinha tanto que quase nenhum candidato está sacramentado. Alberto Fraga (DEM) diz que é candidato, Izalci Lucas (PSDB) também, e Ibaneis Rocha (MDB) já foi ungido por Tadeu Filippelli. Todos já trocaram farpas entre si e mesmo os que buscam entendimento preferem tentar convencer um ao outro a apoiá-lo do que ceder para buscar união.
Por mim, falo eu
Preterido nas novas conjunturas, o PR resolveu soltar uma nota, por meio do deputado federal Laerte Bessa, sobre que posicionamento a legenda irá tomar nos próximos dias. O partido é cortejado por pelo menos três grupos, mas enfrenta dificuldades para firmar acordo porque se sente no direito de indicar outro nome ao Buriti após a desistência de Jofran frejat, o que é difícil no momento atual. “Ninguém está autorizado a tratar ou decidir em nome do PR”, avisa a nota, que coloca o presidente regional Alexandre Bispo, o manda-chuva Valdemar Costa Neto, os distritais Agaciel Maia, Bispo Renato e Sandra Faraj, e o próprio Bessa como único interlocutores da sigla. Pelo visto, a fofoca tem incomodado.