O distrital Thiago Manzoni já está com seus planos feitos para as eleições de 2026. Dá como certo que será deputado federal, em uma chapa que terá, como senadoras, sua mentora Bia Kicis, hoje dona da vaga na Câmara que ele planeja disputar, e ninguém menos do que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As duas são, como ele, filiadas ao PL, de que Bia inclusive é a presidente regional. Se as contas de Manzoni derem certo, alguém sobrará. E esse alguém seria o governador Ibaneis Rocha, também candidato ao Senado – embora ainda não declarado – mas que, para Manzoni, não seria adversário à altura de Bia Kicis e de Michelle. Tudo certinho. Falta apenas combinar com o adversário.
Quebra-cabeças
Ainda há uma peça importante no jogo, que Manzoni está esquecendo – ou fingindo. E que em toda formação de chapa, a cabeça, ou seja, o centro da estrutura, é o candidato a governador. No caso do PL, o cargo foi prometido pelo partido ao atual senador Izalci Lucas, que deixou o PSDB para isso.
A performance anterior de Izalci não permite que se dê como certa, ou mesmo como provável, sua ida para o Buriti. Como ficaria então essa chapa. Manzoni ainda não deu a resposta. Mas gente malvada que circula nessas imediações tem dois desenhos alternativos. Um deles seria a preservação de Celina Leão, que a essa altura já seria governadora em exercício e, filiada ao PP, poderia partir para o PL, deixando Ibaneis de lado e Izalci na sobra.
E, mais malvada ainda, seria a alternativa de que a atual senadora Damares Alves, hoje no Republicanos, mas amiga tanto de Celina quanto de Michelle, concorresse ao governo nessa chapa. A propósito, Damares nada tem a perder. Estaria com a segunda metade do mandato de senador garantida.
E como fica o MDB?
Para isso, a turma de Thiago Manzoni tem uma explicação. Acreditam que, candidato à reeleição, Lula rifaria Geraldo Alckmin em favor de um substituto do MDB. Poderia ser o governador Helder Barbalho, o provável, mas haveria várias outras alternativas no partido.
Nesse caso, surgiria um impedimento a mais para o governador Ibaneis, que ficaria isolado no novo MDB. Seja como for, Manzoni está com a corda toda.