Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Sempre no MDB

Mas Rafael Prudente garante que não sai. Está inclusive acelerando seu trabalho de presidente de partido e recebendo filiações de candidatos

Eduardo Brito

30/03/2022 5h00

Atualizada 29/03/2022 21h00

O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, avisa que não deixará o MDB brasiliense, que também preside, para as eleições deste ano. Até faria sentido: a nominata do partido para deputado federal, cargo que em princípio disputará, não lhe fornece nenhuma garantia. Por isso mesmo se chegou a dar como certa sua ida para o PP, que conta com mais puxadores de voto. Mas Rafael Prudente garante que não sai. Está inclusive acelerando seu trabalho de presidente de partido e recebendo filiações de candidatos como o radialista Toninho Pop, que já disputou várias eleições.

Dois mundos

Sabe aquelas fotos aéreas de São Paulo e Rio de Janeiro que mostram favelas depredadas ao lado de áreas de alto luxo? Pois Brasília também tem disso. Com um agravante: no Distrito Federal o contraste decorre pura e exclusivamente da ação do Poder Público e não de particulares. Essa situação existe bem perto do Lago Paranoá, no Setor de Mansões do Lago Norte. Até a ML 10 vive-se no Primeiro Mundo. A estrada está perfeita, a urbanização impecável, meio-fio no devido lugar, lixo recolhido. Quando se passa dali, a partir da ML 11, muda-se de mundo. A estrada vira uma buraqueira, o mato está por toda parte, meio-fio nem pensar, acessos intransitáveis. E, quando os moradores reclamam, são solenemente ignorados tanto pela Administração do Lago Norte quanto pela Novacap.

Resistências internas

Existe algo em comum aos distritais Cláudio Abrantes, Julia Lucy, Robério Negreiros, Fernando Fernandes e Reginaldo Sardinha. Todos eles enfrentaram ou ainda enfrentam dificuldades nas negociações para se filiarem a novos partidos. É que, quando seu potencial de votos fica acima da média dos candidatos já encastelados na legenda, enfrentam resistência dos que temem ser ultrapassados. Quando ficam muito abaixo, são as direções partidárias que não veem razões para acolhe-los.

Casas novas

Júlia Luci enfim está abrigada. Disputará as eleições pelo União Brasil, mas para deputada federal, ajudando na soma de votos. Para o PP, foi o ex-distrital Washington Mesquita, que tentará a Câmara Legislativa de novo.

Com ajuda de cima

O caso do delegado Fernando Fernandes, que deixou a administração de Ceilândia no final do prazo de desincompatibilização, dá um exemplo das dificuldades de filiação. Com bom lastro de votos – teve 30 mil para distrital em 2018 e deve ter ampliado sua base na cidade – foi bem recebido no Republicanos. Só que o também distrital Rodrigo Delmasso chiou. O jeito foi voltar para o Pros pelo qual se elegeu. Só que, sem nominata, o partido agora precisa de apoio de quem manda para se reforçar. Já recebeu vários ex-administradores regionais.

Apesar da resistência

Cláudio Abrantes deixou nesta terça-feira o PDT, que conta com fraca nominata e já perdeu seu outro distrital, Reginaldo Veras. Tem tudo pronto para ingressar no PSD, mas também lá encontrou resistência na bancada. Conta, porém, com o aval da direção partidária.

Em busca da soma de votos

Justamente pelo problema de nominata, o PDT perdeu dois candidatos naturais no Distrito Federal, o distrital Reginaldo Veras e o ex-presidente da Câmara Wasny de Roure. Ambos foram para o Partido Verde. Não foram só eles. Quatro deputados federais deixaram o PSB e o Podemos, entre eles o mineiro Julio Delgado e o baiano Bacelar, também se filiaram. O que os move, evidentemente, não é o amor à Natureza, mas o interesse na federação da legenda ao PT pode garantir a ultrapassagem da cláusula de barreira. É do PV também o deputado federal brasiliense Israel Batista, que estava de malas prontas, mas não seguiu novos rumos e possivelmente nem seguirá.

Campanha esportiva

Em plena campanha, a deputada brasiliense Celina Leão foi a Planaltina, onde visitou centros esportivos como o Projeto Brincando na Rua, organizado pelo Pepa, ligado à Secretaria do Esporte. Aproveitou para jogar uma partida de futevôlei.

Tudo na sanfona

Morador de Ceilândia desde os anos 1970, sempre na mesma casa, o distrital Chico Vigilante organizou sessão solene da Câmara Legislativa na Escola Parque Anísio Teixeira, na cidade mais nordestina do Distrito Federal. A festa começou com o Hino Nacional cantado em ritmo de forró pelos sanfoneiros de lá (foto). Em meio a um discurso e outro, eles entravam, com músicas como Asa Branca, até o final. Quando todos acabaram de falar, veio o parabéns em ritmo de sanfona também.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado