Se alguém está neurotizado com medo das bebidas batizadas com metanol, basta seguir o ex-governador José Roberto Arruda nas suas peregrinações de fim de semana.
Neste último, ele aparece em ao menos três feiras, na maior animação, dançando forrós e quadrilhas com o povão — todas, particularmente as mulheres, com copos de branquinha na mão.
E, sim, Arruda saiu sem qualquer sinal de intoxicação dessas festas todas.
Pelo sim, pelo não, mistura pode virar crime hediondo

A Câmara dos Deputados aprovou urgência para o projeto que classifica como crime hediondo a adição, em alimentos, de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde dos cidadãos.
A urgência permite que o texto seja votado diretamente pelo Plenário, sem necessidade de passar pelas comissões da Câmara. A votação da proposta ganhou força após os episódios de falsificação de bebidas noticiados nos últimos dias.
Os casos de intoxicação por metanol provocaram internações graves, perda de visão e até mortes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Há investigação em curso também no Distrito Federal.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Intelectual e de Combate à Pirataria, deputado Julio Lopes, do PP fluminense, defendeu que a adulteração de bebida seja punida como crime hediondo.
“A gente já tem a classificação de crime hediondo para falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais”, lembrou. “Agora estamos diante dessa grande falsificação com o metanol de bebidas. Então é um caso bem análogo ao que a gente já tem classificado como crime hediondo”, comparou.
As dicas do secretário
“O metanol é uma substância altamente tóxica, que pode causar cegueira e até a morte. A nossa prioridade é proteger o consumidor do Distrito Federal. Vamos ampliar a fiscalização, mas também precisamos da colaboração da população, que deve estar atenta a sinais de adulteração nas bebidas”, afirmou o secretário de Defesa do Consumidor, Gilvan Máximo.

Ex-deputado federal, Gilvan dá sete dicas para evitar bebidas adulteradas. Com base no Código de Defesa do Consumidor e em materiais educativos de prevenção, o secretário reforçou orientações para identificar possíveis falsificações:
- Confira o rótulo – ele deve ter impressão de qualidade, sem borrões ou erros de grafia.
- Observe o lacre e a tampa – devem estar intactos, sem sinais de violação.
- Olhe o líquido – bebidas originais não apresentam partículas estranhas ou diferenças de cor entre garrafas do mesmo lote.
- Verifique a garrafa – garrafas amassadas, arranhadas ou reutilizadas podem indicar falsificação.
- Desconfie do preço – valores muito abaixo do mercado podem significar adulteração.
- Cheque a aparência geral – embalagens malfeitas, rótulos desalinhados ou tampas mal vedadas são sinais de alerta.
- Compre em locais de confiança – evite vendedores informais ou estabelecimentos sem reputação reconhecida.