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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Sem medo do metanol

Arruda saiu sem qualquer sinal de intoxicação dessas festas todas

Eduardo Brito

06/10/2025 18h10

José Roberto Arruda. Arquivo/Agência Brasil

Se alguém está neurotizado com medo das bebidas batizadas com metanol, basta seguir o ex-governador José Roberto Arruda nas suas peregrinações de fim de semana.

Neste último, ele aparece em ao menos três feiras, na maior animação, dançando forrós e quadrilhas com o povão — todas, particularmente as mulheres, com copos de branquinha na mão.

E, sim, Arruda saiu sem qualquer sinal de intoxicação dessas festas todas.

Pelo sim, pelo não, mistura pode virar crime hediondo

julio lopes
Mário Agra/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou urgência para o projeto que classifica como crime hediondo a adição, em alimentos, de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde dos cidadãos.

A urgência permite que o texto seja votado diretamente pelo Plenário, sem necessidade de passar pelas comissões da Câmara. A votação da proposta ganhou força após os episódios de falsificação de bebidas noticiados nos últimos dias.

Os casos de intoxicação por metanol provocaram internações graves, perda de visão e até mortes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Há investigação em curso também no Distrito Federal.

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Intelectual e de Combate à Pirataria, deputado Julio Lopes, do PP fluminense, defendeu que a adulteração de bebida seja punida como crime hediondo.

“A gente já tem a classificação de crime hediondo para falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais”, lembrou. “Agora estamos diante dessa grande falsificação com o metanol de bebidas. Então é um caso bem análogo ao que a gente já tem classificado como crime hediondo”, comparou.

As dicas do secretário

“O metanol é uma substância altamente tóxica, que pode causar cegueira e até a morte. A nossa prioridade é proteger o consumidor do Distrito Federal. Vamos ampliar a fiscalização, mas também precisamos da colaboração da população, que deve estar atenta a sinais de adulteração nas bebidas”, afirmou o secretário de Defesa do Consumidor, Gilvan Máximo.

Ex-deputado federal, Gilvan dá sete dicas para evitar bebidas adulteradas. Com base no Código de Defesa do Consumidor e em materiais educativos de prevenção, o secretário reforçou orientações para identificar possíveis falsificações:

  1. Confira o rótulo – ele deve ter impressão de qualidade, sem borrões ou erros de grafia.
  2. Observe o lacre e a tampa – devem estar intactos, sem sinais de violação.
  3. Olhe o líquido – bebidas originais não apresentam partículas estranhas ou diferenças de cor entre garrafas do mesmo lote.
  4. Verifique a garrafa – garrafas amassadas, arranhadas ou reutilizadas podem indicar falsificação.
  5. Desconfie do preço – valores muito abaixo do mercado podem significar adulteração.
  6. Cheque a aparência geral – embalagens malfeitas, rótulos desalinhados ou tampas mal vedadas são sinais de alerta.
  7. Compre em locais de confiança – evite vendedores informais ou estabelecimentos sem reputação reconhecida.

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