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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Rollemberg nasceu de novo

Arquivo Geral

22/08/2018 7h00

Reprodução

Conforme sua biografia, disponibilizada em sites na internet e na página oficial de seu partido, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1959 e veio para Brasília no ano seguinte. Segundo o registro de sua candidatura para as eleições deste ano, contudo, Rollemberg veio ao mundo em Brasília, mesmo tendo nascido um ano antes da fundação da capital federal. A informação consta no sítio oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Esse tipo de erro não gera inelegibilidade”, tranquiliza o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-DF, Bruno Rangel. “Mas essa informação é baseada em uma informação de registro público. Deveria ser verdadeira”, repreende.

Coincidência

Curiosamente, a ex-governadora do DF, Maria de Lourdes Abadia (PSB), que se filiou ao partido de Rollemberg às vésperas do período eleitoral para disputar vaga de deputada federal pela sigla, já cometeu a mesma “gafe” que o atual governador. Em 2006, ela declarou que sua naturalidade era Brasília (DF), sendo que nasceu 12 anos antes de a cidade ser fundada e sete anos antes de a capital começar a ser erguida. Ela é natural de Bela Vista (GO). Será que foi uma dica de campanha da aliada ao Chefe de Executivo?

Leoa na tela

A partir das 15h desta quarta-feira (22), a deputada distrital e candidata a uma vaga na Câmara dos Deputados, Celina Leão (PP), será sabatinada pela coluna. A transmissão acontecerá ao vivo nas redes sociais do Jornal de Brasília.

Um liberal reguffista

O candidato a deputado federal pelo partido Novo, Rodrigo Freire, foi um dos vários aspirantes a cargo político que assinaram o protocolo Reguffe (sem partido) e receberam a bênção e guia do senador para se lançarem. O apoio subcutâneo, planejado há meses pelo parlamentar a Freire e outros nomes, é um dos trunfos que o candidato, também presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no DF (Abrasel-DF), tem para erguer sua postulação. Com discurso muito enraizado na privatização como solução para todos os problemas e a redução do poder do Estado, o advogado e empresário repete os mantras de seu partido à risca e promete, caso eleito, seguir a cartilha de Reguffe de propor cortes de gastos de gabinetes e até do número de representantes na Câmara.

Geração de empregos é um dos grandes problemas enfrentados atualmente. O que um deputado federal pode fazer para ajudar a reduzir esse dano?
O grande desafio nosso é onerar menos o contribuinte. Precisamos desonerar as empresas e principalmente o trabalhador. Do pouco que ele recebe, boa parte vai para o governo e não recebe serviços de qualidade. Temos também que eliminar as mordomias da classe política. Ela deveria ser a primeira a dar o exemplo. Trabalhador e empresas não mais aceitam carregar o grande peso desse Estado que virou um rinoceronte.

Muito se fala dos militares estarem ingressando mais na política, mas temos visto vários empresários também, e o Novo é um partido com muitos deles. Por que acha que isso tem acontecido?

Eu acredito que o momento é crítico tanto para a cidade quanto para o País. Outro dia eu vi frases sobre militares: “a gente percebe que o País está no fundo do poço quando acha normal ter uma bancadada dos presidiários na Câmara e não acha normal militares e empresários, que contribuem tanto, entrarem na política”. É bom que eles estejam entrando porque a gente precisa mais do que nunca de pessoas comuns e do bem que não queiram a vida pública para ganhar dinheiro.

Na sua página de propostas você diz querer privatizar quase todas as empresas públicas do DF. Por que privatizar seria o caminho?

A gente não defende uma privatização a qualquer custo, mas temos que quebrar esse tabu. A gente acredita que essas empresas possam ser mais eficientes e entregar mais para a população. O Metrô é um exemplo claro disso, que foi dominado por corporações e a gente precisa de uma proposta de concessão que o governo dê retorno. Temos um Metrô com prejuízo de R$ 200 milhões por ano enquanto poderia estar tendo resultado e chegando onde não chega. Outro caso claro disso foram as telefonias. Hoje temos acesso a telefones celulares e à internet por preços competitivos. Só quem era daquela época sabe o que era ter uma linha super cara de telefone fixo. Poderia acontecer com o Correios. É uma das instituições que já foi respeitada e hoje é uma das que mais dão prejuízo para o governo. São mais de 100 mil empregados e dá quase R$ 1 bilhão de prejuízo para o governo federal.

Por que não fazer as Parcerias Público-Privadas (PPP)?

Quando a gente fala de privatização, na prática defendemos mais as PPPs. Alguns casos vão ser melhores como PPP, outros como Organizações de Saúde (OSs), então cada modelo tem que ser analisado.

Como não fazer o chamado ‘toma lá dá cá’ na política para obter apoio?

O princípio do Novo é a independência dos Poderes. Quando um deputado chega ao cargo, hoje ele tem centenas de cargos no Executivo e perde e função de fiscalizar. Temos um governo que não tem governabilidade porque há um monte de deputados sem independência, apenas com rabo preso junto ao governador, e sem legitimidade para cobrar questões essenciais do Estado.

Mas como reverter essa situação? Se tiver um empresário que chegue ao poder, como evitar que esses apoios não sejam trocados pelos apoiadores dessa pessoa?

A gente pretende implementar um processo seletivo onde serão analisadas a representatividade da pessoa, a capacidade dela de gestão e de comunicação para que a gente consiga ter uma pessoa competente, técnica e daquela região.

Qual seria seu primeiro projeto se eleito?

A gente quer reduzir deputados federais pela metade, custos de gabinete pela metade e ao mesmo tempo implementar o voto distrital, que significa: em vez de fazer um deputado federal e distrital, eles vão poder fazer a campanha apenas em uma região, tornando as campanhas mais baratas e aproximando o político da região. Isso vai tornar as campanhas mais baratas e aumentar a representatividade. Estamos disponibilizando um aplicativo para os eleitores acompanharem todos os gastos do meu mandato e opinar.

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