O pré-candidato ao Governo de Brasília Peniel Pacheco (PDT) não fez questão alguma de esconder a falta de vontade de disputar o cargo majoritário. “Na política às vezes a gente é chamado para a ação, mas também podemos ser chamados para a resignação”, disse, depois de responder se as movimentações dos últimos dias geravam ansiedade. Seu nome foi colocado pelo partido como postulante ao Buriti para tentar apaziguar a base da sigla, receosa da falta de rumo devido às indefinições da Executiva Nacional. Como o presidenciável Ciro Gomes ainda tenta se coligar com o PSB nacional, a legenda deve ser obrigada a fazer o mesmo no DF, o que significaria subir no palanque de Rollemberg.
Sem surpresa
Instigado a analisar o cenário eleitoral após a confirmação da saída de Jofran Frejat (PR), então líder nas pesquisas, Peniel disse que já esperava a desistência. “Ele tinha demonstrado que estava fazendo aquilo não por jogada política, mas para reafirmar sua linha de pensamento”, analisou. Segundo ele, sem Frejat os concorrentes ficam em condições similares e, portanto, os votos serão conquistados por quem tiver “projetos de interesse da sociedade“.
Pode mas não pode
O pré-candidato pedetista ainda acredita que a retirada do nome mais forte até então na disputa fortalece a chapa do seu partido, mas sempre com ressalvas. Ele já admite abertamente a possibilidade de seu grupo dividir palanque na campanha de reeleição do governador. “Ciro deve vir dia 30 de julho para fechar com o PSB e isso deve gerar aproximação do PDT no DF para a candidatura do Rollemberg. Sem saber se isso vai acontecer, o PDT não pode dar passos e nem ampliar a linha de conversação. Vamos supor que a gente possa montar uma boa coligação. Não fecharemos porque não queremos expor os partidos ao desgaste de sofrer com isso depois.”, desabafou.
Quatro namoradeiros
Na última semana, quando Izalci Lucas (PSDB) ainda era o pré-candidato ao governo da Aliança Alternativa, ele disse que sua coligação conversava com quatro partidos. A chapa antes encabeçada por Frejat também afirmou negociar com pelo menos quatro partidos na última semana. Ontem, foi a vez de Eliana Pedrosa (Pros) afirmar que tem mantido diálogos com quatro partidos. Ela até brincou com a possibilidade de esses quatro serem os mesmos nos três casos. “Pode até ser. O jogo (político) é esse mesmo”, disse. Nenhum dos postulantes quis revelar quais eram as siglas com quem flertavam, mas as opções são poucas. Apenas 11 partidos estão livres no maercado, são eles: PSTU, PCB, PRTB, PCO, Podemos, PSL, PPL, SD, PMB, PCdo B e PT. Quem serão os saidinhos?
Todo mundo no cartão
Cresce a cada mês o total de consumidores no Distrito Federal que pagam suas compras com cartões de crédito ou débito. Hoje, o percentual situa-se em 71%, mas em datas especiais – Natal, dia dos pais, dia das mães e dia dos namorados – sobe, em média, para 94%. “Apesar de o DF ter a maior renda per capita do país, o consumidor quer prazo para pagar as compras”, diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro. Detalhe: os homens (73%) usam mais cartões de crédito que de débito. Já as mulheres em sua maioria (64%) optam pelo débito, indica levantamento do Sindivarejista.