Ao contrário do que costuma haver nas exposições de cunho político promovidas por instituições públicas, criou-se grande expectativa sobre a abertura da Exposição fotográfica “Religião em Cuba”, da Embaixada de Cuba no Brasil, na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Nem mesmo a turma da CNBB, sempre bem-informada a respeito, sabe muito bem o que esperar. Acredita-se que a exposição mostrará clima de liberdade religiosa, ainda que o estado seja, por definição, hostil à religião.
O que já se começou a intrigar é a autenticidade do que será exposto, não em termos da liberdade de culto, mas da influência efetiva dos praticantes religiosos nas decisões políticas do regime. Os bolsonaristas já estão se agitando.
Do catolicismo ao sincretismo religioso, especialmente a santería – que combina elementos católicos com tradições religiosas dos iorubás, da África Ocidental: são diversas as crenças presentes e praticadas em Cuba.
Esse cenário serviu de inspiração à jornalista Claudia Godoy, dando origem à exposição fotográfica “Cuba e a Religião”, em cartaz, pela primeira vez, no Espaço Cultural Athos Bulcão da Câmara Legislativa, de 21 de julho a 29 de agosto.
A abertura oficial da mostra está marcada para segunda-feira (28/7), a partir das 18h30, no foyer do plenário. “Cuba e a Religião” é integrada por 30 fotografias coloridas realizadas por Claudia Godoy durante viagem àquele país caribenho, em outubro de 2024.
Em seu roteiro, Havana, Varadero, Santiago de Cuba e Matanzas. Além de registros em igrejas católicas e ilês (terreiros de santería), as lentes de Godoy colocam em foco, também, outras manifestações religiosas presentes no arquipélago, a exemplo do espiritismo, judaísmo, islamismo, protestantismo e abakuá (sociedade iniciática integrada exclusivamente por homens).
