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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Regalias de presidente

Arquivo Geral

27/09/2016 7h00

Atualizada 26/09/2016 22h22

Chamou atenção o aparato montado para receber a deputada distrital Celina Leão (PPS) na UTI do Hospital Santa Helena, no fim de semana. Internada com dores no peito, a presidente afastada da Câmara Legislativa chegou com a mãe e com ela ficou até ser transferida para um apartamento – quase UTI, montado especialmente para ela. O périplo de médicos de outros hospitais e de políticos locais também chamou a atenção dos pacientes internados e familiares, que podiam apenas visitar os parentes doentes por alguns minutos por dia. A mãe de Celina, no entanto, ficou o tempo todo ao lado da filha. E não se furtou de fazer ligações telefônicas, em alto e bom som, mesmo no ambiente que trata os pacientes mais críticos de um hospital.

Tipo hotel

O café da manhã servido para a deputada do PPS foi praticamente um banquete, segundo um dos pacientes internados na UTI do hospital. Ela recebeu alta no domingo e ontem de manhã já estava trabalhando.

Misterioso

O presidente do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, usou as redes sociais para publicar uma mensagem cifrada ontem. “Às vezes temos de ir, mesmo querendo ficar”, dizia o card postado pelo conselheiro, que, dizem, deve ser candidato ao Governo do DF em 2018. Ele diz que não, que pretende retomar o cargo de conselheiro, assim que o mandato de presidente acabar, no fim deste ano. Mesmo com a prerrogativa de concorrer à reeleição, Rainha tem dito que tem saudade de quando era apenas conselheiro.

Não caberia ao TCU

Depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir que os gastos com organizações sociais não são contabilizados como despesas com pessoal, a Liderança do PT na Câmara Legislativa publicou estudo em que ressalta que o TCU fiscaliza apenas os recursos federais e no âmbito da União. E destaca que, no voto, o relator Bruno Dantas ressalta que cada município ou unidade da Federação deve deliberar acerca da questão em âmbito local. “Nesse sentido, deliberou o TCU que compete ao Poder Legislativo, por meio de definições próprias incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) respectiva, ou ao Tribunal de Contas, por meio de deliberações plenárias, proceder ao entendimento acerca da inclusão ou não das despesas com contratações de organizações sociais como despesa de pessoal para fins de computo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Emenda à LDO

A Bancada do PT diz, em nota, que a contratação das organizações sociais fora dos limites das despesas de pessoal “é uma afronta aos servidores públicos que se encontram em mora em seus direitos trabalhistas já aprovados em lei”. Os deputados petistas apresentarão, conforme o texto, emenda ao PL nº 1271/16, que altera a LDO do DF, para determinar que o gasto efetuado com eventuais contratos com organizações sociais tenha o mesmo tratamento dado aos servidores públicos, sendo, dessa forma, incluídos como despesa de pessoal para fins da LRF.

Evangelizadores

A bancada que se diz evangélica na Câmara Legislativa é numerosa e conta com nove parlamentares – entre eles, Telma Rufino (sem partido), Rafael Prudente (PMDB), Celina Leão (PPS) e até Cristiano Araújo (PSD). Com o objetivo de “promover saúde física, emocional e espiritual”, agora a Casa tem culto todas as segundas-feiras, ao meio-dia.

Pauta trancada

Pelo menos dez deputados distritais anunciaram, ontem, que irão trancar a pauta de votações da Câmara Legislativa até que o governador Rodrigo Rollemberg retome o diálogo com moradores de terrenos irregulares. A decisão foi tomada na audiência pública que discutiu a derrubada de moradias no DF, ontem, na Câmara Legislativa. A proposta para barrar as votações foi apresentada por vários representantes dos moradores ameaçados com derrubadas pela Agefis. Cerca de 500 pessoas lotaram o auditório da Casa para fazer duras críticas às ações do governo. “Nós não votaremos nada do Poder Executivo até que o governador chame os moradores para um diálogo franco e aberto, não essa roda de conversa fiada que ele costuma fazer”, provocou Rafael Prudente (PMDB).

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