A direção nacional do PT vetou nesta segunda-feira, 27, as prévias marcadas pelo diretório regional do Distrito Federal para escolha de seu candidato a governador. Dois filiados já haviam se inscrito: o ex-deputado e ex-secretário Geraldo Magela, que já disputou o Buriti duas vezes, e o ex-distrital Leandro Grass, candidato do partido na eleição passada.
O veto foi expresso como uma orientação: “recomendamos que o Diretório suspenda a realização das prévias previstas para o dia 22 de novembro, assim como qualquer outra deliberação que envolva a definição de candidaturas, até a definição, pelo Diretório Nacional, do calendário previsto no nosso Estatuto.”
Acrescenta que, “nesse período, a direção estadual poderá, em conjunto com o GTE Nacional, atuar na busca de uma construção política coletiva e consensual, de forma a consolidar a melhor estratégia para a vitória eleitoral do Partido em 2026.” A orientação é assinada por Laércio Ribeiro, Secretário Nacional de Organização. Embora não cite o Distrito Federal, até agora nenhuma outra unidade da Federação marcou prévias para as eleições do ano que vem.
Magela apoia suspensão
Embora frisasse que “não é cancelamento, é suspensão. Ou seja, a prévia poderá ser remarcada, persistindo duas candidaturas”, o ex-deputado Geraldo Magela aceitou a determinação superior. Revelou que sua candidatura já reúne cerca de 900 assinaturas de apoio para registrá-la para disputar as prévias.
Na verdade, disse, “eu já poderia ter registrado a candidatura, mas não registrarei agora e seguirei a orientação da Direção Nacional do nosso Partido, pois o mais importante da orientação nacional é para a direção local buscar um consenso que fortaleça eleitoralmente o PT”.
Concluiu que, “como é possível notar, estão suspensas todas e quaisquer formas de deliberação até a aprovação do calendário nacional”. Dirigentes do partido registraram que só a capital tinha prévias previstas e que “isso não existe no estatuto e o calendário eleitoral do partido será definido pela diretoria Executiva Nacional”, ou seja, só ano que vem. Magela não foi para a briga, dizendo que quer “deixar registrado o meu integral apoio e acatamento da orientação da direção nacional”.