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Do Alto da Torre
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Piada pronta

Arquivo Geral

27/07/2018 7h00

Atualizada 26/07/2018 22h49

A esquerda do Distrito Federal está dispersa e desencontrada. Os presidentes regionais do PCdoB e do PPL, que recentemente anunciaram caminhar de mãos dadas para as eleições de 2018, bem que tentaram gerar uma união e convidaram o PDT e o PT para uma conversa. Estava tudo certo para eles se encontrarem na noite de ontem, no Conic, mas todo mundo se atrasou, até os organizadores do papo. “A verdade é que chegamos tarde também e não houve nada debatido”, admitiu o presidente do PPL-DF, João Goulart Filho. A justificativa foi a dificuldade de agendas. A promessa agora é de uma nova tentativa hoje ou na próxima terça-feira.

Daria samba?
Até o momento, o PT não esboçou qualquer coligação e pode formar sua primeira chapa pura, proporcional e majoritária, desde 1990. Conforme os critérios estabelecidos pela legenda, o grupo de atrasadinhos constitui a única possibilidade de formar coalizão. “Temos limite para o processo de aliança. Não vamos coligar apoiando Rollemberg, pois somos oposição, e não nos aliamos nem com a velha direita nem com a nova, representada por Cristovam Buarque”, explica a presidente regional do PT, Érika Kokay (foto).

Sangue puro
O isolamento histórico do PT-DF em 2018 é culpa da Executiva Nacional, como Kokay admite. “Essas eleições são inusitadas por uma série de aspectos. Inclusive por vivenciarmos uma ruptura democrática. A nossa ideia é que deveriamos já apresentar a chapa, mas a direção nacional adiou todo o processo de escolha”, confessa a deputada federal. Neste sábado, o partido vai antecipar a convenção e fazer um encontro informal para anunciar seus pré-candidatos majoritários e proporcionais. A partir daí, começa a fase de costurar junções.

Clube dos 13
A desistência de Jofran Frejat (PR) deixou a coligação que ele encabeçava desbaratada. O PHS desembarcou do grupo tão logo o ex-secretário de Saúde confirmou a saída. Com isso, 13 partidos, de um universo de 35, não estão envolvidos com qualquer coalizão no momento e podem agitar o mercado eleitoral nos próximos dias – Novo já confirmou uma chapa pura e não vai coligar. São eles: PSTU, PCB, PRTB, PCO, PODE, PSL, SD, PMB, PT, PSOL, PHS, PDT e PRP. Destes, PRTB, PT, PDT e PRB esboçam lançar composições próprias para vagas majoritárias e proporcionais.

Podemos ir para lá ou para cá
O Podemos (antigo PTN) tem a dura missão de manter o partido nanico com uma cadeira em alguma das Câmaras. Atualmente, Ronaldo Fonseca, eleito pelo Pros e recém-filiado ao partido, é o representante no DF. O distrital eleito Rodrigo Delmasso, que recebeu 20 mil dos 23 mil votos que a legenda teve na capital em 2014, foi para o PRB. Em busca de espaço, o presidente regional Marcos Pacco, pré-candidato a deputado federal, está entre se juntar à Aliança Alternativa, de Izalci lucas (PSDB), Rogério Rosso (PSD) e Cristovam Buarque (PPS), e coligar com Rollemberg. ”Um grupo em que não nos vemos é o da Eliana Pedrosa, porque três critérios são essenciais: espaço para nosso presidente Álvaro Dias ambiente favorável na disputa para federal, que é prioridade máxima do partido, e coligação para os distritais. E lá os dois últimos não são atendidos”, detalha.

Potencial de fé
Apesar do fraco desempenho do PTN no último pleito, a chegada de Ronaldo Fonseca, que teve mais de 80 mil votos em 2014, reoxigena a legenda e traz também a máquina da Assembleia de Deus, ligada ao deputado, que é pastor. Em uma eleição que os candidatos evangélicos como Júlio César (PRB) têm tido bastante fôlego, esse tipo de aliança é peça-chave na pretensão das siglas menores.

Convenções à vista
As convenções regionais do Pros, PTB e do Novo já consolidaram algumas pré-candidaturas e, neste fim de semana, PRTB, PT e PDT se reúnem com o mesmo propósito. A ressalva fica para o PT, que vai fazer uma espécie de convenção informal, mas deve oficializar seus nomes mesmo assim.

Nova composição no forno
MDB, PP e Avante estudam a formação uma coligação com PSD, PPS, PRB, PSC. Nas últimas horas, após a desistência do candidato Jofran Frejat (PR) da briga pelo Palácio do Buriti, os dois grupos intensificaram negociações. A tendência é a aproximação, mas encontra resistência especialmente por parte do PPS.

Desenho
Caso as divergências sejam superadas, um desenho majoritário seria Ibaneis Rocha (MDB) para a cabeça de chapa, o PRB indicaria o vice, e as vagas para o Senado Federal ficariam para o senador Cristovam Buarque (PPS) e o deputado federal Rogério Rosso (PSD). No segundo rascunho, Rosso seria o nome para o GDF, Ibaneis ocuparia a vice. Cristovam continuaria na briga pela reeleição, sendo acompanhado por um indicado do PRB. Nos dois casos, as quatro suplências ficariam com MDB, PP e Avante, bem como, todos os partidos iriam apoiar um nome do PRB para a Câmara dos Deputados.

Escanteio
Este cenário significaria uma reformulação da dita Terceira Via, também conhecida como Aliança Alternativa, colocando para escanteio o atual candidato da coligação para o GDF, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB), que caminha na mesma passada do grupo do ex-governador José Roberto Arruda (PR). Por outro lado, também correria o risco de ficar à deriva o DEM, do deputado federal Alberto Fraga, pretendente ao Buriti.

Coincidência
Coincidentemente, ontem (26/07), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ligou para o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin. Na ligação, Kassab teria disparado que estaria faltando reciprocidade dos tucanos. O PSD decidiu apoiar o PSDB na campanha de Alckmin para o Palácio do Planalto e na briga pelo Palácio dos Bandeirantes. Mas cobrou apoio no DF. Hoje os dois caciques deverão fazer uma nova reunião. O movimento pode ressuscitar o nome de Rosso para o GDF dentro da Terceira Via, caso ela continue a existir.

Firme

Enquanto isso, em outras planícies da centro-direita a dobradinha de Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB) para o GDF segue firme e ficando mais forte.

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