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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Para não jogar gasolina na fogueira

Na próxima semana, a CPI deverá ouvir a coronel Cíntia Queiroz de Castro, da Polícia Militar do Distrito Federal

Eduardo Brito

18/04/2023 19h26

O general da reserva Augusto Heleno, indicado para ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo.

A general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional no governo Bolsonaro, não comparecerá à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, em audiência marcada para esta quarta-feira, 19. A oitiva foi cancelada no final da manhã de terça-feira.

O presidente da comissão, distrital Chico Vigilante, recebeu o comunicado do general para avisar que não compareceria e pedindo para se cancelar o depoimento.

Vigilante lhe telefonou, mas, como contou depois, o ex-ministro de Jair Bolsonaro disse ter sido orientado a não comparecer à CPI, “para não colocar mais gasolina” na fogueira política do País. Chico Vigilante afirmou que “o ex-ministro do GSI teme incriminar o chefe dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Por conta da desistência de última hora, a CPI não deverá ouvir ninguém nesta semana. Heleno é autor de uma série de falas que foram usadas por bolsonaristas para contestar as eleições: já criticou ministros do Supremo Tribunal Federal, negou que “bandido” sobe a rampa – em referência à posse do presidente Lula em 1º de janeiro de 2023 – e chegou a participar de manifestações antidemocráticas durante o governo Bolsonaro.

Na próxima semana, a CPI deverá ouvir a coronel Cíntia Queiroz de Castro, da Polícia Militar do Distrito Federal.

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