A deputada brasiliense Bia Kicis (foto), sempre ela, invocou seu cargo de vice-líder da minoria na Câmara dos Deputados para cobrar a suspensão do recesso branco dos parlamentares. Tecnicamente, a medida é possível porque o atual recesso não é formal – para isso, seria preciso que a Lei de Diretrizes Orçamentárias estivesse já votada. Nesse caso, o recesso pode, em tese, ser suspenso.
O objetivo de Bia era claro: apressar a tramitação, se possível, do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Não deu certo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibiu a realização de reuniões nas comissões da Casa durante o recesso parlamentar, que vai até 3 de agosto. A decisão foi confirmada nesta terça-feira mesmo.
A restrição surge após não apenas o pedido de Bia Kicis, mas também de duas comissões presididas por deputados do PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, convocarem reuniões para votar moções de apoio político a Bolsonaro.
Para se justificar, o presidente da Câmara alegou que o prédio passa por obras durante as duas semanas de recesso, o que impediria a realização de sessões neste período. As sessões parlamentares serão retomadas dia 4 de agosto.
