A aprovação mais tranquila do PPCUB na Câmara Legislativa deve-se, é claro, à forte maioria construída pelo governador Ibaneis Rocha entre os distritais. Mas a forma de seu trâmite entre os distritais também ajudou bastante.
Quem começou o jogo foi a Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara, a primeira a examinar o projeto. Seu presidente, João Hermeto, era também o relator do texto e por esse motivo quem conduziu a maior parte da reunião foi o vice Pedro Paulo, que adota o nome eleitoral de Pepa.
Depois, o próprio Hermeto comentaria as decisões tomadas. “Quero ressaltar que a grande maioria das emendas acolhidas é da oposição, só quero fazer esse registro”, afirmou Hermeto.
Os autores das emendas aprovadas foram Max Maciel (8); Fábio Felix (38); Gabriel Magno (6); Paula Belmonte (6); Rogério Morro da Cruz (5); Iolando Almeida (1); Pastor Daniel de Castro (3); o próprio Hermeto (2); Wellington Luiz (2); Thiago Manzoni (7) e por fim Robério Negreiros, que como líder do Buriti conduziu os projetos de maior repercussão oficial e viu 29 deles serem aprovados.
Risco de enchente
As críticas da oposição foram consideradas sensatas e pouco agressivas. Gabriel Magno, do PT, defendeu atualizar o PPCUB com relação aos desastres provocados pelos extremos ambientais. “Lembro daquela chuva que alagou o conjunto do centro e fez grande destruição na UNB porque estamos retirando a permeabilidade do solo, seja no centro ou nas áreas do entorno do CUB, como o Taquari e a Serrinha do Paranoá”, registrou.
Esse, aliás, é o objetivo de um dos principais projetos que já está sendo conduzido hoje pelo governo Ibaneis, o Drenar-DF. Os trabalhos têm andado com rapidez e podem ser vistos na área central de Brasília. Os túneis do Drenar DF já alcançaram 3,6 km de um total previsto de 7,68 km. Permitirão o escoamento da água que agravou cachoeiras desde que impermeabilizaram toda a área próxima ao Estádio Mané Garrincha.