Catarina Lima
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A Conectar Pesquisas e Inteligência realizou entre os dias 5 e 13 de maio uma pesquisa com advogados de Brasília sobre suas expectativas para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil seção DF (OAB-DF), que acontecerão no final deste ano. De um universo de cerca de 25 mil advogados, foram feitas 800 entrevistas por telefone. A margem de erro da pesquisa é de 3,5% e o intervalo de confiança é de 95%. Destrinchamos a pesquisa nesta edição da coluna.
Gestão federal – Os advogados ouvidos na pesquisa dizem aprovar, na sua maioria, a gestão do atual presidente da OAB federal, Felipe Santa Cruz. Sua atuação foi considerada ótima por 10% e boa por 29%. Um percentual de 27% declarou considerá-la regular. Para 6%, ela é ruim e péssima para 20%. Um percentual de 8% não sabe ou não quis responder.
Gestão local – Melhor resultado teve a avaliação da gestão local, da OAB-DF. Segundo a pesquisa, 16% consideram a gestão do atual presidente da ordem no DF, Délio Lins e Silva, ótima. E 44% a consideram boa. Para 25%, ela é regular. Ruim para 6% e péssima para 4%. E outros 4% disseram não saber ou não quiseram responder. Quando perguntados especificamente se aprovam ou desaprovam a gestão, um percentual ainda maior disse aprovar: 73%.
Acessível e íntegro – Especificamente, as qualidades apontadas por aqueles que dizem aprovar são no sentido de considerar que a gestão é “transparente” e que o presidente da OAB-DF é “acessível”, “presente” e “íntegro”. Essa foi a resposta de 30%.
Falta posicionamento – Quem, porém, desaprova a gestão de Délio aponta, na maioria, para a “falta de posicionamento”, de “atuação”, de “apoio” e de “incentivos” como o pior defeito da administração da ordem.
Continuidade – Entrando especificamente nas expectativas para a mudança de comando na ordem no final do ano, a maior parte dos entrevistados (18%) disse esperar do próximo presidente “continuidade” da gestão atual. A grande maioria (81%) afirmou na pesquisa que “com certeza” irá votar na eleição.
Eleições e cenários – Especificamente quanto aos pré-candidatos às eleições da OAB-DF, a pesquisa trabalhou com diferentes cenários de nomes na pesquisa estimulada. Na pesquisa espontânea, os nomes lembrados foram Délio Lins e Silva, Taís Riedel, Renata Amaral, Jaques Veloso e Cleber Lopes.
Espontânea – O atual presidente, Délio, lidera na espontânea, com 15% das intenções de voto. Thaís Riedel surge em segundo com 2%. Renata, Jaques e Cleber têm, os três, 1%. Nenhum, branco ou nulo somam 4%. E 73% disseram não saber ou não responderam.
Primeiro cenário – No primeiro cenário estimulado, os candidatos apresentados foram Délio Lins e Silva, Jaques Veloso, Daniela Teixeira, Thaís Riedel, Cléber Lopes, Renata Amaral, Everardo Gueiros, Evandro Pertence, Guilherme Campelo e Alinne Marques. Nesse caso, citados os nomes que lideram, Délio aparece com 30%. Jaques e Daniela têm 10%. Thaís Riedel tem 9%.
Segundo cenário – No cenário 2, o atual presidente da OAB-DF não aparece como candidato. Os nomes são Jaques Veloso, Thaís Riedel, Cleber Lopes, Evandro Pertence e Everardo Gueiros. Nesse caso, o líder é Veloso com 24%, seguido de Thaís com 23%, citados os nomes com mais intenção de votos.
Contra Délio – Há outros cenários de confronto direto entre dois candidatos. Confrontado somente com Cléber Lopes, Délio Lins e Silva teria 54% contra 15% do adversário. Contra Thaís Riedel, ele teria 45% contra 29% para ela. Contra Everardo Gueiros, Délio teria 56% e Gueiros 15%.Contra Jaques Veloso, seria 51% a 24%. Contra Evandro Pertence, 55% a 15%.
Sem Délio – Em confrontos diretos sem Délio, Thaís Riedel aparece em vantagem contra no confronto direto com os adversários. Contra Jaques Veloso, seria 35% a 33%. Contra Cléber Lopes, 44% a 15%. Contra Daniela Teixeira, 35% a 28%.
Influência de Ibaneis – O atual governador do DF, Ibaneis Rocha, que já foi presidente da OAB-DF, parece ter um importante grau de influência na decisão dos advogados brasilienses. Um total de 55% dos entrevistados disseram que poderiam votar em um nome indicado por ele e 6% disseram que com certeza votariam em alguém que ele indicasse. Em contrapartida, 34% afirmaram que não votariam de jeito nenhum em alguém que o governador indicasse.
Mulher – Embora Délio apareça bem posicionado, há alguns pontos ainda que chamam a atenção. Para 58%, a presença de uma mulher no comando da OAB “traria benefícios” contra 38% que dizem que seria “indiferente”. Somente 1% considera que “não traria benefícios”.
Considerações – Nas considerações finais, a Conectar entende que a atuação de Délio é positiva, mas que sua gestão aparenta não ter uma “marca forte”. E aponta para um possível potencial de crescimento de Thaís Riedel, por ela ter baixa rejeição e ainda ser a mais desconhecida das pré-candidatas.
