Será que alguém ainda se lembra de um partido político batizado como Prona, sigla que fazia referência à Reconstrução da Ordem Nacional? Provavelmente muito pouca gente, mas haverá quem se lembre do fundador do partido, o médico Enéas Carneiro, careca e barbudo, que desenvolveu a técnica de falar o máximo de palavras no escasso tempo reservado ao partido.
Ele se candidatou várias vezes a presidente da República e, em uma delas, em 1994, conseguiu 4 milhões de votos, pois tomou as bandeiras do muito mais conhecido Leonel Brizola. Depois, elegeu-se deputado federal – o único do partido – e morreu jovem.

Pois estão falando em relançar o Prona, que desapareceu após fundir-se com o atual PL, sim, o mesmo de Valdemar da Costa Neto.
Quem tenta reorganizar o Prona é Marcelo Vivório, sindicalista que já passou por Brasília, e está conseguindo apoio de Havanir Nimtz (foto), médica que foi aluna de Enéas e chegou a ser vice-campeã de votos para vereadora em São Paulo.
Hoje está esquecida no PRTB, após passar pelo PSDB e vários outros partidos. Mas pode se candidatar, como herdeira de Enéas.