A provável filiação da senadora Leila Barros (foto) ao PDT abre um reembaralhamento das cartas no jogo político do Distrito Federal. Tudo indica que Leila Barros deixará mesmo o Cidadania: ela alega que, quando se inscreveu no atual partido, nem havia indicativo de se partir para uma federação, muito menos com o PSDB. Conversou com a cúpula brasiliense do PDT há dois dias, o entendimento se acelerou, mas o martelo ainda não foi batido. De toda forma, caso se confirme a composição, Leila deverá ser candidata ao Buriti pelo partido, tendo como vice o ex-distrital Joe Valle, que presidiu a Câmara Legislativa. “Leila Barros é uma ótima senadora e terá muita importância dentro do partido”, entusiasma-se o presidente regional do PDT, Georges Michel.
Com Reguffe
Nas conversações, Leila tornou claro ao PDT que ela não pretende ser candidata contra o também senador José Antonio Reguffe, que até agora não se decidiu entre tentar a reeleição ou o governo distrital. Essa definição é outra peça-chave do jogo. Tudo indica que o senador aguarda definições de seu partido, o Podemos, a respeito da manutenção de seu candidato presidencial Sérgio Moro e da possibilidade de composição de palanques nacionais. Já se admite que Reguffe troque de legenda. Tem convites do PDT, a que já pertenceu, e existem conversas com o novo União Brasil, partido ainda sem estrutura definida no Distrito Federal.
Para turbinar o MDB (foto)
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (foto), procurou o governador Ibaneis Rocha para discutir as metas do partido. A intenção de Baleia Rossi é ampliar a bancada emedebista para ao menos 50 deputados federais. O partido oscilou desde a virada do milênio até 2018 entre 70 e 90 deputados, ou seja, como primeira ou segunda maior bancada, mas nesse ano sua performance despencou, como a de todos os partidos tradicionais. Hoje são 34, o que o coloca apenas como a sexta bancada. Baleia Rossi fez um apelo a Ibaneis para turbinar a nominata de deputados federais do partido. Hoje o MDB brasiliense não tem bancada na Câmara dos Deputados e o presidente nacional quer reverter esse quadro.
Aposta na reforma tributária
Embora tenha sido adiado para depois do Carnaval o exame da reforma tributária apresentada à Comissão de Constituição e Justiça, o líder do PSDB no Senado, o brasiliense Izalci Lucas ainda aposta em sua votação. De acordo com ele, “a grande reforma que precisa ser aprovada no Senado e neste país é a reforma tributária, porque, infelizmente, o nosso sistema tributário é um dos piores do mundo”. Izalci lembra que o relator do projeto, o também tucano Roberto Rocha, aposta no Imposto Sobre Valor Agregado, o IVA, para ampliar arrecadação.
Vacinação de crianças
Com o Partido Verde, o deputado brasiliense Israel Batista entrou com uma arguição de descumprimento de preceito fundamental no Supremo Tribunal Federal para garantir a disponibilidade de vacinas e a obrigatoriedade de imunização do público infantil nas escolas. Isso acabaria com a possibilidade de pais ou outros interessados impedirem a vacinação das crianças. O relator será o ministro Ricardo Lewandowski.
PSB esvaziado
À medida em que se aproxima o prazo final de filiação para quem pretende disputar as eleições deste ano, acelera-se também o esvaziamento do PSB do Distrito Federal, que até há pouco era governo. Foi-se a última senadora do partido, Leila Barros, assim como saíram os dois distritais do partido, José Gomes e agora Roosevelt Vilela. Mas a corrida se estende até a quem sequer tem mandato. O mais recente foi o empresário Thiago Jarjour, que foi de tudo no governo Rollemberg. Acaba de se filiar ao MDB, partido do governador Ibaneis Rocha.
Guerra recomenda pressa nos projetos sobre petróleo
Ninguém imagina que Brasília volte a se povoar em plena semana do Carnaval para uma retomada das votações no Congresso. Nem há sessões previstas para a semana que vem, com apenas dois dias úteis, um deles a sexta-feira. No entanto, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, recomendou que se antecipe o processo de votação dos projetos voltados para reduzir preços de derivados de petróleo. Esses projetos – são dois – chegaram a ser debatidos pelo Senado na última quarta-feira, 23, mas diante da óbvia falta de quórum, foram adiados para depois de 8 de março. Bento Albuquerque acredita, porém, que a declaração de guerra à Ucrânia pela Rússia certamente provocará uma subida dos preços do petróleo no mercado internacional. Por isso, recomenda que não se interrompa o processo de votação desses projetos, mas, pelo contrário, se acelere o trâmite. Segundo o ministro, a aprovação, no mínimo, reduzirá o impacto das altas internacionais nos preços finais.
Falta consenso para decisão
O ministro das Minas e Energia defende a aprovação do projeto de lei complementar nº 11, que mexe com uma equalização do ICMS sobre combustíveis, com ênfase sobre o diesel. O problema é que o ICMS é um tributo estadual e mexerá com a arrecadação dos governadores, inclusive no Distrito Federal. Os senadores aliados dos governadores tendem a se opor. Já o outro projeto, de número 1472, foi proposto por um senador petista para criar um fundo de estabilização dos preços de combustíveis e instituir imposto de exportação sobre o petróleo bruto. A Petrobras se arrepia toda só de ouvir falar nisso. E o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem horror a essa proposta, embora também não goste da primeira. O jogo fica difícil.
Convencimento no menu
Enquanto os políticos do Distrito Federal definem qual será o partido para chamar de seu nas eleições deste ano, o PDT não quer nem pensar em perder o distrital Claudio Abrantes. Nesta quinta-feira, 24, o outrora Cristo de Planaltina teve almoço com outras lideranças de peso da legenda, como Reginaldo Veras, Joe Valle, Eliana Pedrosa, Wasny de Roure e Eroídes Lessa, além do presidente regional Georges Michel. Em destaque no cardápio o “Fica, Claudio”.
Forças opostas
Todo mundo sabe o quanto Abrantes se sente à vontade no PDT. Do outro lado, existe a proximidade do deputado com o governador Ibaneis Rocha, que sempre teve no amigo parlamentar uma força importante dentro da CLDF. Claudio Abrantes ainda não tem uma decisão.
Trabalho manual
Acaba de virar lei projeto que estabelece as diretrizes para a atividade de trabalhador manual no Distrito Federal. A norma prevê a criação de linha de crédito especial para a categoria, campanhas de divulgação, registro profissional e outros. Com isso, o autor do projeto, o distrital Reginaldo Sardinha acredita que conseguirá o reconhecimento e a valorização dos trabalhadores. A nova lei prevê a integração da atividade manual com outros setores e programas de desenvolvimento econômico e social. Outro ponto importante na norma é a previsão de qualificação e apoio comercial para esses trabalhadores.
Prudente para turbinar o MDB
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (foto), procurou o governador Ibaneis Rocha para discutir as metas do partido. A intenção de Baleia Rossi é ampliar a bancada emedebista para ao menos 50 deputados federais. O partido oscilou desde a virada do milênio até 2018 entre 70 e 90 deputados, ou seja, como primeira ou segunda maior bancada, mas nesse ano sua performance despencou, como a de todos os partidos tradicionais. Hoje são 34, o que o coloca apenas como a sexta bancada. Baleia Rossi fez um apelo a Ibaneis para turbinar a nominata de deputados federais do partido. Hoje o MDB brasiliense não tem bancada na Câmara dos Deputados e o presidente nacional quer reverter esse quadro. O acerto entre Ibaneis e Baleia já deu um resultado: o atual presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, integrará a chapa de candidatos a deputado federal pelo DF.