Deputado que passou da base aliada do governador Rodrigo Rollemberg para a oposição, diz que não se arrependeu de mudar a postura e que tem ganhado “parabéns” pela atitude. Diz que logo escolherá um partido para se filiar, depois de sair da Rede e estar há sete meses sem legenda. Explica que tem recebido muitas propostas e que o novo partido “precisará seguir os valores” em que ele acredita.
2017 foi um ano em que o senhor saiu da base de apoio do governo Rollemberg e fez oposição ao governo. Que avaliação o senhor faz da sua atuação?
Acho que foi a melhor decisão, não me arrependo. Não consigo apoiar um governo que não cumpre seus compromissos. As pessoas já me pressionavam há muito tempo para ir para a oposição e só recebi, desde então, os parabéns pela atitude.
O senhor tem expectativa na negociação de reajuste salarial para a Polícia Civil, nos moldes que o governo já anunciou que proporá?
Eu queria poder dizer que sim, mas, infelizmente, não acredito nesse governo. E o que tem sido proposto nada mais é que aumentar o tempo de trabalho e o salário proporcionalmente. Em momento algum, esse governo propôs reajuste, reposição de perdas salariais ou a paridade (com a Polícia Federal) que a Polícia Civil tem direito.
Já faz mais de sete meses que o senhor saiu da Rede e está sem partido. As eleições se avizinham. Quando o senhor anunciará a nova sigla?
Tenho recebido propostas de vários partidos e fico feliz com isso, significa que as pessoas reconhecem o bom trabalho que estamos fazendo. Ainda não tomei essa decisão, mas ela não vai demorar.
São muitos convites de filiação? Que critérios o senhor vai usar na escolha? Continuará na esquerda?
Sem dúvida nenhuma, o meu partido precisará seguir os valores que acredito, as propostas que tenho para o DF, a forma republicana que sei fazer política. As pessoas no DF querem cada vez mais transparência, ética, verdade no que se diz. É assim que eu faço política e é isso que estou procurando num partido.
