O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman, confirmou formalmente a mudança da pasta para o Setor Comercial Sul. Não se trata, porém, de uma simples mudança de endereço. Reisman encara essa transferência como a criação de um espaço que pretende modificar o Distrito Federal.
Assim, mais do que um prédio para abrigar a secretaria, o local oferecerá um espaço aberto ao público visando levar inovação e tecnologia para a área central de Brasília.
“O Setor Comercial Sul tem uma localização geográfica fantástica e um potencial de desenvolvimento enquanto polo de economia criativa e inovação”, destacou o titular da pasta. “Estamos fazendo um processo de mudança para lá, levando todos os nossos programas, e vamos ter um ambiente para recepcionar a comunidade e as startups.”
O espaço terá 300 metros quadrados e ficará no térreo do prédio, abrigando podcast, coworking e gamificação. “É importante para nós revitalizar aquela área. Temos casos de centros urbanos que foram modificados pela inovação, como o Porto Digital, em Recife. A ideia é ter a área central recuperada a partir de projetos de tecnologia e inovação”, acrescentou Leonardo Reisman.
A transferência da secretaria faz parte de um programa mais amplo do Buriti para recuperar o Setor Comercial Sul, que vem se deteriorando há anos.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), estabeleceu novas normas que preveem no SCS mais de 280 novas atividades comerciais, institucionais e de prestação de serviços, como faculdades, creches, educação profissional de nível técnico, serviços de tecnologia da informação, entre outros.
A proposta não prevê a possibilidade de moradia no local, até como forma de impedir a instalação de pontos de consumo de droga. Além de qualificar profissionalmente a população, a Secretaria de Ciência e Tecnologia procura a inclusão digital.
O programa WiFi Social, por exemplo, já ultrapassou os 150 milhões de acessos com distribuição em 24 regiões administrativas. “Não temos como falar de tecnologia ou inclusão digital sem conectividade. O Wi-Fi Social é um dos programas de sucesso, e estamos fazendo incrementos”, disse.
O tempo de conexão será ampliado – atualmente é de 30 minutos – e vai permitir o acesso a mais áreas rurais. A inclusão digital também ocorre em projetos em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF (SEPD), com iniciativas como a Carreta da Inclusão, que promove experiências tecnológicas inclusivas, e o DF Libras CIL Online, que permite que pessoas com deficiência (PcDs) se comuniquem com os órgãos públicos de forma acessível e digital, em tempo integral e em todos os dias da semana. “A próxima edição da Carreta da Inclusão será no dia 13, em Samambaia”, adiantou o secretário.