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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Maior presença do PSOL

A Secretaria-Geral representa o acesso rápido aos ouvidos do presidente Lula

Eduardo Brito

25/09/2025 18h08

Para o PSOL de Brasília, que não tem representação federal, mas conta com dois distritais, a nomeação do deputado Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência tem, em primeiro lugar, uma questão numérica.

O partido tem hoje apenas uma ministra, Sonia Guajajara, do mirrado Ministério dos Povos Indígenas. Passa a ter dois, sem contar Marina Silva, da Rede, federada ao PSOL. Além disso, a Secretaria-Geral representa o acesso rápido aos ouvidos do presidente Lula, ficando, fisicamente, ao lado do gabinete.

Na prática, a Secretaria-Geral não tem atribuições fixas, mas missões específicas. A mais conhecida — e também a que enfraqueceu o ex-titular Márcio Macedo — é a relação com os movimentos sociais, como MST, além de sindicalistas e outros apoiadores potenciais, inclusive para mobilizações.

Isso Boulos sabe fazer, já que cresceu dentro de agrupamentos de sem-teto. Para ele, essa experiência foi uma faca de dois gumes: de um lado, forneceu-lhe repercussão nacional com a ocupação de edifícios abandonados e outros imóveis; de outro, pintou-o com as cores da radicalização, o que dificulta sua postura em eleições majoritárias, como já demonstrado nas urnas.

De qualquer forma, a turma do PSOL de Brasília animou-se com o que a escolha representa, tanto como reconhecimento quanto como acesso ao gabinete presidencial.

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