Ex-governador, duas vezes deputado federal e novamente candidato a governador em 2018, quando ficou em terceiro lugar, Rogério Rosso avisa que estará fora das urnas no ano que vem. Está há três anos em uma diretoria da União Química e pretende continuar. “Eu vim do setor privado, passei pela política, mas ao setor privado voltei”, resume. Deixou até a presidência regional do PSD e nem imagina uma nova candidatura.
Futuro
Rosso está animado com as perspectivas da União Química – Farmacêutica Nacional. Com presença em diversos estados e duas unidades fabris só no Distrito Federal, a empresa já montou outra unidade nos Estados Unidos. Comprou ainda a fábrica de produtos hormonais da Bayer, em São Paulo, levando assim uma larga fatia dessa área de mercado. “A União Química se tornou uma empresa global”, avalia Rosso. É um grupo com grandes investimentos em tecnologia. O ex-governador cita, por exemplo, que se tornou a primeira do Brasil a produzir o IFA de uma vacina contra a Covid. Até o Butantan e a Fiocruz, que produzem vacinas, dependem de IFA de fora.
Veto ao Fundo Eleitoral
A deputada brasiliense Bia Kicis postou nas redes sociais, ainda durante a sessão do Congresso, fac-símile de seu voto contrário à derrubada do veto presidencial ao Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões. Mas foi com satisfação ainda mais visível que, um dia depois, retuitou um outro voto, o do deputado Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro. Ex-PSOL, Freixo fizera uma postagem dizendo que o fundão eleitoral “é absurdo num país que acabou com os aumentos reais do salário-mínimo e está tirando dinheiro das escolas, universidades e pesquisas científicas”. Só que, na hora decisiva, votou a favor da derrubada do veto.
Contra a vacina
Já em outra frente, Bia Kicis tem colocado no ar vídeos em que ouve médicos contrários à vacinação de crianças contra a covid. Tem até a hashtag deixe nossas crianças em paz.
Criando barreiras
Ao fazer um balanço do ano legislativo, o deputado federal brasiliense Israel Batista dá peso especial não ao que foi feito no Congresso, mas ao que os parlamentares impediram que produzisse efeitos. “Com muita articulação, barramos projetos absurdos desse governo”, avalia Israel Batista. E vem a lista: homeschooling, reforma administrativa, assédio a servidores, perdas de direitos e garantias aos trabalhadores, apartheid na educação, ataques ao meio ambiente e à demarcação das terras de povos tradicionais e muito mais. Agora, diz ele, é recuperar energia para a loucura que será 2022.
De olho na chapa majoritária
Já formalizado candidato ao Palácio do Buriti, o senador Izalci Lucas inclui os dois companheiros de bancada na lista de aliados para as eleições do ano que vem. Tem conversado tanto com José Antonio Reguffe quanto com Leila Barros. Reguffe ainda não definiu se disputa o governo ou a reeleição para o Senado. Leila estará no meio do mandato em 2022 e, ao trocar o PSB pelo Cidadania, também terá como se lançar candidata a governadora. Ambos têm aproximações com outros partidos, como o PDT e, ao menos em um caso, com o próprio governador Ibaneis Rocha. Mesmo assim, Izalci coloca ambos em sua coluna para o próximo ano.
Pela energia alternativa
No apagar das luzes da atividade parlamentar de 2021. a Câmara Legislativa aprovou convênios de ICMS que concedem isenção do imposto nas operações com equipamentos e componentes para o aproveitamento das energias solar e eólica. Os distritais repaginaram o convênio 101 de 1997, um ato do Confaz – de alcance nacional, portanto – que necessita de aprovação periódica para produzir efeitos ou ampliar seu alcance. O objetivo é reduzir os custos elevados da instalação de equipamentos para energia eólica e solar, investimentos que costumam demorar até cinco anos para serem cobertos, o que frequentemente inviabilizam o uso de energia alternativa para os moradores de renda mais baixa.
Preocupação nacional
Na verdade, baratear os equipamentos ligados à energia alternativa não é apenas uma preocupação do DF, mas também no Congresso. O Senado aprovou em tempo recorde projeto do senador amazonense Plínio Valério que garante linha de crédito com juros reduzidos para a instalação de equipamentos de energia eólica ou solar. O projeto acaba de chegar à Câmara dos Deputados e, se aprovado, irá imediatamente à sanção presidencial.
Na oposição
Após depor na CPI da Covid sobre um alerta que teria feito ao presidente Jair Bolsonaro sobre a compra da vacina Covaxin, o deputado brasiliense Luiz Miranda não apenas deixou de frequentar o Palácio do Planalto como passou a se referir a Bolsonaro com palavras duras. Há pouco chamou-o de “louco” e disse que não é um homem sério. Foi a propósito do fechamento de aeroportos após a descoberta da variante omicron. De acordo com Miranda, “suspender voos vindos de países com a nova variante parece ser algo muito difícil para esse louco. Se fosse um homem sério, já tinha feito o que todos os países sérios estão fazendo, incluindo os USA”. E agora chega a vez da vacinação de crianças, suspensa por tempo indeterminado.
É Natal
A coluna deseja um Feliz Natal a todos, com muita alegria e prosperidade.