A ex-distrital Julia Lucy não se elegeu deputada, mas permanece ativa na política, de olho nas próximas eleições.
Combina liberalismo na economia – o que significa críticas frequentes e incisivas ao governo Lula – com posição avançada nos direitos sociais, em especial no que se refere às mulheres.
Não gostou, por exemplo, dos efeitos da nova lei de laqueadura e da vasectomia, que começou agora a ser aplicada.
Avisou que “nós, mulheres, ainda não possuímos total autonomia sobre nossos corpos, pois o Estado dificulta muito a decisão sobre ter filhos”. A crítica se refere, em especial, ao sistema de saúde: “também há médicos que se recusam a realizar a laqueadura, embora sem planejamento familiar não haja liberdade e nem riqueza”.
Isso tudo acontece mesmo com alterações na lei de laqueadura já valendo. Hoje, parceiro não precisa autorizar mais e a idade para o procedimento também caiu de 25 anos para 21.
“Mas”, ensina Júlia Lucy, “o que toda pessoa precisa concluir é que fazer filhos deveria ocorrer apenas quando há condições financeiras, sociais e emocionais, pois criança é responsabilidade eterna dos pais”.
