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Do Alto da Torre
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Jair Bolsonaro (PSL) pode ganhar palanque oficial no DF

Arquivo Geral

30/07/2018 7h00

Atualizada 29/07/2018 21h37

REUTERS/Adriano Machado

Jair Bolsonaro (PSL) pode ganhar palanque oficial no DF esta semana. Segundo o presidente regional do PRP, Adalberto Monteiro, há “90% de certeza” de seu partido coligar oficialmente com a sigla de Bolsonaro na capital até quarta-feira (1º). Ele diz que as divergências entre o presidente do PSL-DF, Newton Lins, e o atual líder do Diretório Nacional do PSL, Gustavo Bebianno, não serão problema. “Vamos coligar e o caso do Newton está sendo estudado para não ficar ruim para nenhum dos dois”, diz, otimista.

Problema meu

Newton afirma que, diferentemente do restante diretórios regionais do PSL, substituídos por interesse da atual gestão do partido, o do DF foi eleito, portanto tem uma autonomia que os outros não tem. Ele já declarou apoio a Izalci Lucas (PSDB), quando o tucano era o nome para o Buriti da Aliança Alternativa, o que irritou a Executiva Nacional dos liberais e levou o presidente em exercício a pedir que as pessoas se filiassem ao PRP em Brasília caso quisessem apoiar Bolsonaro.

Com quem andas

Da parte de Newton Lins, no entanto, o acordo não está tão próximo de ser selado. Ele afirma não reconhecer a autoridade do atual presidente nacional do seu partido, pois deve lealdade ao mandatário licenciado, o empresário pernambucano Gustavo Bivar, cotado, inclusive, para ser vice de Bolsonaro na chapa. “Seria um acordo (com o PRP-DF), mas não significa que é a única opção. Estamos recebendo galanteios de todos os candidatos diariamente”, despista.

Olho no peixe e outro no tucano

Apesar dos pesares, Newton admite a chance forte de se juntar ao PRP. Isso porque o objetivo do partido são os cargos proporcionais e a nominata dos possíveis aliados não inviabiliza a do PSL. “Procuramos uma legenda que seja compativel com as dimensões do nosso partido. Muitas dos nossos nomes estão tentando (ser eleitos) pela primeira vez. Não são pessoas testadas pelas urnas”, explica.

Informalidade

Por conta da situação entre Newton e Bebianno, o apoio a Bolsonaro no DF está somente no campo informal. Lins tem uma postura curiosa de falar pouco o nome do presidenciável de seu partido e de fazer um mea culpa sobre ele ser o principal candidato da sigla no momento. “O número 17 do nosso partido, independentemente da simpatia ou não pelo cadidato à presidencia, passou a ter certa grandeza eleitoral”, diz.

Alguém tem que ceder

Izalci Lucas (PSDB) e Alberto Fraga (DEM) são unidos pela mesma mágoa: ambos foram preteridos para concorrer ao governo em suas antigas coligações. Livres no mercado, eles têm se falado todos os dias para esboçar uma aliança. O problema é o ego. Os dois não arredam o pé da intenção de tentarem o Buriti. “Ele está tentando me
convencer (a desistir do governo) e eu estou tentando convencer ele (a ser senador na possível chapa)”, detalha o tucano. Fraga não respondeu ao celular durante o domingo e sua assessoria informou que ele estava “em reuniões”, sem especificar com quem.

Eu quero

Também solto no mercado, o PSC deixou a Aliança após Rogério Rosso (PSD) ter sido anunciado como candidato ao governo e quer muito se juntar a Izalci e Fraga. O presidente regional da legenda, Zenobio Rocha, admite que seria o cenário ideal para sua sigla se inserir. “Nessa combinação, teríamos interesse sim. Temos a melhor nominata do DF para distrital e se for só para compor um grupo maior, não quero”, assegura. Quarta-feira ele se encontra com o Diretório Nacional e deve decidir sobre a questão.

Cartão vermelho

O presidente nacional do PSDB e candidato ao Palácio do Planalto Geraldo Alckmin não quer mais saber de composições do diretório brasiliense sob a influência dos grupos do vice-presidente nacional tucano governador de Goiás Marconi Perillo e do ex-governador do DF José Roberto Arruda (PR). Sacou o cartão vermelho. Trata-se de jogo jogado. E não pretende consultar qualquer arbitro de vídeo.

Esquema tático

A candidatura do presidente regional provisório do PSDB, deputado Izalci Lucas, recuperou fôlego, fazendo tabela com Perillo e Arruda. Mas o movimento acabou tirando o PSDB do grupo da Terceira Via, composto por PSD, PPS, PRB e SD. No entanto, a prioridade zero do PSDB, nacionalmente, é a eleição de Alckmin. E neste esquema tático, o técnico tucano considera o senador Cristovam Buarque (PPS) o aliado preferencial em Brasília.

Balançar democrata

Neste final de semana, o DEM balançou entre diferentes grupos. De dia conversava abertamente com MDB, PP e Avante. A noite, proseava com PSDB, Arruda e aliados. Balança, balança, mas não coliga.

De olho

O PRTB lançou uma chapa pura neste fim de semana, mas parece louco para coligar até o fim do prazo de inscrições. O postulante ao Senado, Átila Maia, afirma estar “na expectativa” pelo PRP e até pelo Novo, que já disse não ter qualquer interesse de se juntar a ninguém. Dia 4 de agosto a decisão será final.

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