Já passada a fase de turbulência com a crise da segurança que atingiu o Distrito Federal após o 8 de setembro, o governador Ibaneis Rocha começa a desenvolver um plano que já nutria desde sua reeleição. Deseja unificar as forças políticas que se identificam com seu projeto político.
Além dos partidos que apoiaram sua chapa, quer somar os que apresentaram candidatura própria mesmo pertencendo à mesma vertente política. O objetivo final seria montar chapa única dessas forças políticas, de modo a garantir uma sucessão mais tranquila.
Ibaneis conseguiu reeleger-se – o que antes só Joaquim Roriz obteve – e no primeiro turno – o que nem Roriz conseguiu. Mas teria conseguido isso com mais tranquilidade se não houvesse outros nomes competindo no mesmo espectro político.
Ibaneis, é evidente, pretende fazer o sucessor, até porque, como tudo indica, disputará o Senado na mesma chapa. Diante de tudo isso há uma linha sucessória natural. Caso Ibaneis se afaste, assumirá o Buriti sua vice, Celina Leão. Por essas e outras, o governador cada vez mais tem pedido a presença dela.
Ou seja: não quer que ela seja uma vice comum, só para substituição. A eficiência e a lealdade mostradas por Celina durante sua interinidade têm um peso nisso. A vice preferiu mergulhar, até para não estimular ciumeiras, mas se tornou parte orgânica do governo Ibaneis.