As descobertas sobre investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, utilizando a máquina judicial e a Polícia Federal, foram o grande tema do Congresso nesta quarta-feira, 14.
No Senado, o petista Humberto Costa isentou Alexandre de Moraes, dizendo que ele era presidente do Tribunal Superior Eleitoral à época, e portanto, como qualquer juiz eleitoral, tinha poder de polícia para o exercício das suas atribuições sem a previsão de qualquer formalidade para isso, porque é assim que a lei estabelece.
Afinal, explicou, a Justiça Eleitoral é um foro atípico dentro da estrutura do Judiciário, que exerce também um papel administrativo, um papel proativo para a organização das eleições e seus juízes. Isso vale especialmente, disse, na condução “das investigações sobre os escandalosos crimes praticados pelo ex-Presidente Bolsonaro e seus comandados”.
Já o deputado brasiliense Alberto Fraga anunciou que sua bancada já prepara o impeachment de Alexandre. Para Fraga, “é estarrecedor o que vemos acontecer no nosso País, pois diante dessas denúncias graves, publicadas pela Folha de S. Paulo, eu acabei de ouvir dois Ministros do Supremo Tribunal Federal afirmarem que não viram nada de anormal e que o Ministro Alexandre de Moraes apenas cumpriu o seu dever”.
Ainda há pouco, completou, fizemos uma coletiva ali no Senado, com a presença de vários deputados, e nós vamos dar início ao pedido de impeachment. No dia 7 de setembro, serão recolhidas essas assinaturas. “Nós vamos pedir que a população brasileira participe do movimento que nós vamos fazer e nós não podemos deixar passar esse momento”, disse.
Afinal, para ele “o momento é grave, vivemos uma profunda crise do Poder Judiciário e nós temos que fazer alguma coisa”.
