Tranquilizado por informações que mostram a preservação de sua vantagem nas intenções de voto, o governador Ibaneis Rocha avisou que pretende manter, senão intensificar, sua agenda positiva. São várias incursões diárias por cidades do Distrito Federal, em que entrega obras e serviços públicos. Ao mesmo tempo, Ibaneis procura ampliar sua base de apoio. Isso significa fortalecer seu MDB – nesta quinta-feira, 31, filiou a ex-distrital Telma Rufino, que deixou o Pros e tentará voltar à Câmara Legislativa – e fazer mais alianças partidárias. Já conta com o apoio de 13 partidos e está fechando o 14º.
Na Hora em todas as cidades
Dentro dessa agenda, Ibaneis anunciou nesta quinta-feira, 31, a expectativa de, ainda este ano, “chegar a todas as cidades do Distrito Federal com unidades do Na Hora para atender nossa população com todos os serviços”. O aviso foi dado após levar a Samambaia a carreta de atendimentos, com o compromisso de entregar rapidamente a estrutura permanente.
Paulo Octávio confirma candidatura
O ex-governador Paulo Octávio confirmou nesta quinta-feira, 31, que concorrerá ao Senado, onde já exerceu mandato de 2003 a 2007. Atenderá assim à pressão do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que aproveitou festa de filiações na noite de quarta, 30, para perguntar, de público: “Não é hora de empurrar o Paulo para uma missão? Paulo foi um extraordinário deputado federal e senador”. Na hora, Paulo Octávio se disse disposto a encarar o desafio, mas não deu a palavra final. Não por acaso, procurou identificar a imagem do atual PSD a seu ancestral que teve como uma das principais figuras o presidente Juscelino Kubitschek, avô de sua mulher Anna Christina. “O PSD foi o partido que fez Brasília e elegeu JK, dando sustentação a seu governo”, lembrou.
Quebra-cabeças
Permanece um desencontro. O PSD é um dos partidos que apoia a reeleição do governador Ibaneis Rocha, ao lado de MDB, PL, PP e dez outros. Paulo Octávio garante que estará ao lado de Ibaneis nas eleições deste ano. No entanto, Ibaneis já tem uma candidata ao Senado na sua chapa, a ex-ministra Flávia Arruda, que acaba de deixar o cargo para se desincompatibilizar e reassume sua cadeira de deputada federal. Ninguém sabe ainda como resolver esse quebra-cabeças.
Tenta a sorte em São Paulo
O deputado brasiliense Luís Miranda decidiu-se enfim por disputar a reeleição em São Paulo, pondo fim a uma dúvida que durava meses. Até já mudou para lá o seu domicílio eleitora. O anúncio estava para ser feito, mas o segredo foi quebrado pela constatação de que ele fará sua festa de aniversário neste 1º de abril em um endereço muito especial. Alugou para isso o tríplex no Guarujá que pertenceu ao ex-presidente Lula. Quando lhe perguntaram, confirmou de forma bem-humorada. “Aniversário de gente polêmica tem que ser comemorado com polêmica”, disse Miranda, rindo, à colunista Monica Bergamo. Ele explicou: acredita afirma ainda que a festa servirá para dar visibilidade justamente à candidatura a deputado federal por São Paulo. Só não disse quanto pagou ao novo proprietário do imóvel. A propósito, se alguém quiser cumprimenta-lo, não precisa se apressar, pois a festa será hoje, mas ele já completou 42 anos no domingo passado, sem comemorações públicas.
Izalci diz que fica
Colocado em situação delicada pela entrega do controle da federação PSDB-Cidadania à deputada brasiliense Paula Belmonte, aliada ao senador José Antonio Reguffe, o também senador Izalci Lucas reagiu com veemência às informações de que desistiria de sua candidatura ao Palácio do Buriti. Ou de que seria desistido. Izalci disse que a desistência é parte de um conjunto de fake news e “falsa como uma nota de três reais – e, por falar em nota, estão jogando dinheiro fora”. A candidatura está mantida. Izalci manteve também sua solidariedade à oscilante indicação presidencial do governador João Dória, seu aliado político. “O PSDB foi o único partido a realizar prévias para candidato à Presidência da República, em um processo democrático envolvendo dirigentes, parlamentares e filiados de todo o País”, disse. Portanto, “devemos respeitar o resultado, fruto da livre manifestação da maioria”.
Ciro só na semana que vem
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, só se encontrará com a senadora Leila Barros, nova colega de partido na semana que vem. Ele não foi recebê-la na quarta-feira, mas enviou-lhe postagem especial. Ao lado de uma foto da futura senadora quando campeã mundial de vôlei, desejou “calorosas boas-vindas à querida e valorosa Leila do Vôlei, que hoje se filia ao nosso PDT para ser a futura governadora de Brasília”. Só para conferir, a foto histórica foi objeto de uma montagem, colocando-se na mão da campeã a rosa vermelha que é símbolo de seu novo partido. E sua camiseta é 12, o número do PDT.
Mais um no PL
Já fora do Avante que o elegeu, o distrital Reginaldo Sardinha migrou nesta quinta-feira, 31, para o PL, atual sigla do presidente Jair Bolsonaro. Teve sua ficha abonada pela ministra Flávia Arruda, presidente regional do partido, em evento que contou até com a presença do marido dela, o ex-governador José Roberto Arruda, que não costumava aparecer nesse tipo de cerimônia. Sardinha foi acompanhado de dois outros distritais do partido, Agaciel Maia e Roosevelt Vilela. Com isso, o PL se torna a maior bancada da Câmara, com quatro representantes. Agaciel deve ser candidato a deputado federal, mas mesmo assim fica a dúvida sobre a capacidade do PL ter votos suficientes para reeleger todo mundo.
Patriotismo
Mas a verdade é que Arruda está aparecendo mais em eventos político-eleitorais. Fez questão de prestigiar a filiação da professora Maria Antônia, de meteórica passagem pela Câmara Legislativa, ao Patriotas. Estava ao lado do antigo assessor Fábio Simão, que hoje preside o Patriotas, antigo PEN, sob sua esfera de influência.
Pode concorrer
O distrital José Gomes está elegível para as próximas eleições. Decisão do Supremo Tribunal Federal desta quinta-feira, 31, permite que o parlamentar dispute uma vaga na Câmara Federal pelo PP, a que se filiou na semana passada. Só para lembrar, José Gomes criou uma próspera empresa, a Real Serviços, que tem negócios com o setor público, e após a eleição de 2018 sofreu condenação por coerção ao supostamente ameaçar funcionários da Real para votarem. Por isso, correu forte risco de ficar fora da eleição, impedido nos termos da lei da Ficha Limpa. Isso é que foi superado agora.
No tiroteio
Aliás, foi só o distrital José Gomes deixar repentinamente o PTB brasiliense, de que era o presidente regional, para começar um tiroteio contra ele. O coronel Mauro Rogério, também petebista, disparou: “o cara assumiu a nau do PTB, era o comandante do barco, assumiu a posição de dirigente partidário e foi o primeiro a abandonar o navio e vai deixar o PTB à deriva”.
Companhias
Não é bem assim. O PTB brasiliense já tem um sucessor para Gomes, o ex-distrital e ex-secretário Paulo Roriz. O partido, nacionalmente, acaba de receber a filiação de Fabrício Queiroz, aquele operador de rachadinhas da família. Foi precedido por Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara dos Deputados. E Roberto Jefferson continua pairando sobre o partido. Gomes escapou não apenas de explicações, mas de gozações.
Para turbinar
Só para lembrar, José Gomes assinou ficha do PP, que foi abonada por ninguém menos que o chefe da Casa Civil de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira. O PP precisa de candidatos para reforçar a chapa federal e turbinar a eleição de gente de peso, como Celina Leão e Rogério Rosso. Ele assinou a ficha de filiação na semana passada, ao lado de seu chefe de gabinete, Marcelo Aguiar, que deve ser candidato a distrital. A campanha tem tudo para ser bem irrigada.
Atacadistas
Acaba de assumir a nova direção do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal, o Sindiatacadista. Seu presidente é o empresário Álvaro Silveira Junior, da área farmacêutica.
Secretário sem indenização
O ator Armando Babaioff não precisará indenizar o secretário nacional de Cultura, Mário Frias, após chamá-lo de “racista, otário e sem talento”. Decisão é da juíza de Direito Camille Gonçalves Javarine Ferreira, do 6º Juizado Especial Cível de Brasília. Tudo começou quando Mário Frias postou no Twitter que o ativista negro Jones Manoel “precisava de um bom banho”. Babaioff se indignou e respondeu o secretário de cultura na mesma rede social: “Sujo é você. Sujo, otário e racista”. Depois disso, o secretário acionou a Justiça e pediu indenização pelos supostos danos morais sofridos. Ao analisar o caso, a juíza afirmou que Frias, como ocupante de cargo público, sujeita-se ao escrutínio popular. Assim, Babaioff estará apenas manifestando sua opinião pessoal, como cidadão, sobre o representante que não o sente representar.”