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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Ibaneis aposta em crescimento do MDB

O governador evita comentar o assunto, mas sua equipe não trabalha com a hipótese de duas candidaturas do PL ao Senado

Eduardo Brito

24/11/2025 19h25

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Primeira foto do dia: Ibaneis com Celina Crédito Ricardo Alves

Em conversas após a inauguração do Feirão do Trabalhador e da formatura dos alunos do 3º ciclo do RenovaDF, na manhã desta segunda-feira, 24, o governador Ibaneis Rocha confidenciou que acredita em um significativo crescimento da bancada federal do MDB por Brasília. Evitou citar nomes, mas está fazendo de tudo para reforçar a chapa de deputados.

Além do atual Rafael Prudente, que tem recebido apoio do Buriti, o MDB deve lançar ao menos dois atuais secretários de Estado: José Humberto, da Secretaria de Governo, e Hélvia Paranaguá, da Educação. Além, é claro, do próprio Ibaneis, que disputará o Senado. O governador evita comentar o assunto, mas sua equipe não trabalha com a hipótese de duas candidaturas do PL ao Senado. Apesar de já ter passado até por um lançamento oficial de seu nome, a deputada Bia Kicis dificilmente concorrerá ao lado de Michelle Bolsonaro. Já se Michelle disputar as eleições em um posto da chapa presidencial, ainda que seja como vice, as chances aumentam. De todo jeito, quem dará a última palavra sobre isso será o ex-presidente Jair Bolsonaro – e fica cada vez mais claro que isso não ocorrerá a curto prazo.

Nada de comentar Bolsonaro

Também durante a formatura do RenovaDF, o governador Ibaneis Rocha disse que a prisão de Jair Bolsonaro é “assunto da Justiça, não é meu não”. O chefe do Executivo evitou falar sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que levou à prisão preventiva do ex-presidente na manhã do último sábado, 2. Tanto Ibaneis quanto a vice-governadora do DF, Celina Leão, são tecnicamente aliados de Bolsonaro.

No dia da prisão, Celina publicou uma foto ao lado do ex-presidente e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Em uma resposta aos que apostam em afastamento entre Ibaneis e Celina, os dois passaram juntos a maior parte da festa e mostraram, como está na foto, sua afinidade.

Negociações para acordo

Embora exista um acordo prévio entre o PL e o governo Ibaneis, a possibilidade de uma divisão de candidaturas permanece como um problema a ser superado. Presidente regional do PL, a deputada Bia Kicis lançou-se ao Senado. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, embora muito amiga de Celina, já vinha sendo citada para disputar o cargo.

Vem daí a preocupação da direita: uma divisão de votos pode levar ao que parecia impossível — a eleição de alguém de esquerda como senador pelo Distrito Federal. O problema está no endurecimento de posições pelo bolsonarismo-raiz, presente também em diversos estados, como Santa Catarina. A ideia de Michelle ocupar vaga em uma chapa presidencial também está cada vez mais longínqua, inclusive por já estar claro que, se algum Bolsonaro chegar lá, será o senador Flávio Bolsonaro, que nesse caso abandonaria uma reeleição garantida no Rio de Janeiro.

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