O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, conversou na manhã desta quarta-feira, 29, com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por telefone. Foi uma conversa longa e amistosa. Ibaneis colocou a inteligência da Polícia Civil do Distrito Federal à disposição do Rio de Janeiro, após a operação policial mais conflituosa da história do estado.
“Eu coloquei à disposição dele a inteligência da nossa Polícia Civil, que trabalha muito bem nessa área”, disse Ibaneis. Essa colaboração será definida depois da reunião que Cláudio Castro terá com enviados do governo federal. Ibaneis designou, para interlocução com Cláudio, sua vice Celina Leão, que embarcou à noite para o Rio de Janeiro. Ela participará, no final da tarde de hoje, 30, de encontro de Cláudio com outros governadores.
Governadores constroem rede comum
Além de Ibaneis, tiveram contatos com Cláudio Castro nesta quarta, de forma virtual, governadores como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado, de Goiás, todos nomes cotados como pré-candidatos ao Palácio do Planalto no ano que vem.
Enquanto isso, o presidente Lula realizava reunião no Palácio da Alvorada para discutir a megaoperação no Rio. Os governadores acertaram novo encontro, agora presencial, nesta quinta-feira, 30, entre às 17h30 e 18h, para planejar ações conjuntas em apoio a Castro. Celina Leão participará desse encontro.
Os participantes da reunião oferecem apoio das respectivas forças de segurança para restabelecer a normalidade após a operação que, segundo a Defensoria Pública do Rio, deixou 132 mortos, dos quais 4 são policiais civis e militares e os demais civis, entre suspeitos e vítimas não identificadas. O reforço poderá envolver tanto medidas de inteligência quanto envio de equipamentos para as forças de segurança fluminenses.
Escolhidos a dedo
A missão escolhida pelo presidente Lula para acompanhar a questão no Rio de Janeiro foi escolhida a dedo: os ministros Ricardo Lewandowski, Guilherme Boulos, Macaé Evaristo e Anielle Franco. Sabe-se antecipadamente no que vai dar.
Preocupação com presídios

O senador Izalci Lucas levantou uma questão preocupante para a capital. Após lembrar que a segurança pública não tem sido vista como prioridade no País, declarou-se assustado, “principalmente quando autorizaram que dez traficantes de alta periculosidade viessem para prisões brasilienses, principalmente porque, se eles chegam, surgem imediatamente parentes e outros traficantes. Foi o caso inclusive do Marcola, mentor do PCC, que fora levado para São Paulo, mas trazido de volta à Papuda.”