Para reconhecer o desempenho e a dedicação de atletas do Distrito Federal, a Câmara Legislativa promoveu, nesta terça-feira, 27, uma sessão solene para homenagear esportistas de diversas modalidades.
A cerimônia, idealizada pelos deputados Doutora Jane Klebia e Martins Machado, ocorreu no contexto dos resultados dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, em que o DF, sozinho, conquistou quatro medalhas.
Para Doutora Jane, a homenagem visa não apenas reconhecer as vitórias obtidas nos jogos, mas valorizar legado esportivo e social deixado. A deputada falou da importância do incentivo ao esporte, que, para ela, representa importante fator de transformação social, em especial em comunidades mais carentes.
Ela mencionou iniciativas de seu mandato em prol da causa, como emendas e projetos de lei relacionados ao fomento esportivo.
“O desejo de apoiar o esporte sempre esteve no meu coração. Por isso, coloquei R$ 4 milhões de emendas em prol das atividades esportivas no primeiro ano de mandato”, afirmou. O deputado Martins Machado frisou também a luta dos que não foram às olimpíadas e a importância das políticas públicas de incentivo ao esporte.
Para o distrital, as medalhas e troféus são uma consequência de um processo de luta e dedicação, mas a prática esportiva promove benefícios que vão além das premiações, promovendo bons hábitos, disciplina e educação a crianças e jovens.
Machado antecipou que a Casa votará em breve um projeto de lei de sua autoria que prevê ampliar o rol de modalidades atendidas pelo programa Bolsa Atleta, programa de incentivo financeiro para que os esportistas se dediquem aos treinamentos e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paraolímpicas.
“Brasília está se destacando no cenário esportivo do Brasil. Temos condições de se tornar a capital do esporte. Por isso vamos no unir e trabalhar”, afirmou o parlamentar. Natural de Ceilândia, a medalhista olímpica de judô na categoria meio-médio Ketleyn Quadros relembrou seu histórico de dedicação e disciplina.
Ela narrou as dificuldades enfrentadas por aqueles que se dedicam ao esporte e classificou como cruciais para a vida do esportista os programas públicos de incentivo, como o Bolsa Atleta.
“Eu tenho muito orgulho de ter pessoas que acreditaram desde o princípio em mim. Tenho orgulho do DF, que foi o primeiro lugar a ter o Bolsa Atleta, programa que me beneficiou. Isso nos permite sonhar viver uma vida como atleta”, declarou a medalha de bronze.
O medalhista de prata na marcha atlética Caio Bonfim também fez questão ressaltar a relevância dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, afirmando que também foram essenciais em sua trajetória esportiva. Ele cobrou do poder público que os investimentos na área sejam cada vez mais abrangentes para que a Capital Federal seja uma referência nacional.
“Deem mais oportunidade para que Brasília cresça no esporte. Que a gente possa fazer o esporte no DF cada vez maior”, clamou. O pentacampeão pela seleção brasileira de futebol Lúcio também esteve presente na cerimônia. Ele falou ao público, composto de estudantes de escola pública e integrantes de projetos sociais ligados ao esporte, da importância da prática esportiva na vida de crianças e jovens. Para ele, mesmo com todas as renúncias exigidas pela vida de atleta, ao final do processo, o salto sempre é positivo. “Tudo valeu a pena, acreditem nos seus sonhos”, disse.
Benefício do Bolsa Atleta
A vice-governadora do DF Celina Leão anunciou que está para ser votada no Congresso Nacional uma lei de sua autoria que estende o benefício do Bolsa Atleta para toda a vida do competidor. Para ela, a iniciativa resguardará a vida dessas pessoas na terceira idade.
“Muitos atletas trancam suas faculdades por conta da vida esportiva e acabam passando dificuldades financeiras no momento em que mais precisam, que é a velhice. Estamos batalhando para aprovar essa proposta”, afirmou Celina.
O deputado Fábio Félix reforçou a necessidade de que o esporte seja uma das prioridades do investimento público. “Ou a gente direciona recurso público para fortalecer a trajetória do atleta, ou a gente não terá uma política de esporte de pé, essa é a chave para a mudança na política de esporte do DF”, opinou.
