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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Driblar a polarização nacional

Por outro lado, desde as eleições passadas, partidos de esquerda apostaram nas eleições para conselhos tutelares no rumo de obter visibilidade

Eduardo Brito

20/09/2023 20h21

Foto: Divulgação

É hora de esquecer a polarização nacional entre Lula e Bolsonaro para se voltar para o interesse da população. O eleitorado não pode ser esquecido.

O distrital Eduardo Pedrosa fez um alerta a seus colegas de Câmara Legislativa. Avisou que “as discussões nacionais são importantes, mas nunca devemos colocar as pautas nacionais acima das necessidades do Distrito Federal”.

Nunca, por mais relevantes que sejam, devem se sobrepor às demandas de quem elegeu os deputados, seja de esquerda ou de direita os temas.

Afinal, sublinhou, “a população do Distrito Federal nos elegeu para tratar dos problemas de suas cidades”.

As comunidades necessitam de melhorias, a água tem que chegar a quem precisa e as pessoas querem carinho e atenção dos seus representantes. 

Por isso, concluiu, “temos que trabalhar duro para honrar os votos que a população do Distrito Federal nos deu”. 

Polarização vale para tudo

Brasília não terá eleições municipais em 2024, mas nem por isso o clima da disputa política está amainado.

Na falta de prefeitos e vereadores, a disputa fica em torno da escolha de membros dos conselhos comunitários de segurança, Consegs, que ocorrerão no dia 29 de outubro,  e dos conselheiros tutelares dos Direitos da Criança e do Adolescente, marcada para 1º de outubro.

Ex-candidato ao Senado pelo PSOL, Chico Sant’Anna registra que, embora sejam espaços apartidários para a comunidade se fazer presente – uma ferramenta de democracia direta – a ideologização de ambos os fóruns está bastante elevada, pois o que se vê nas redes sociais é um repeteco da polarização entre bolsonaristas e progressistas.

Vídeos postados por conservadores conclamam aqueles que são “contra comunistas, progressistas e simpatizantes da esquerda” a participarem das eleições e “barrar a vitória dessa esquerdalha”.

Por outro lado, desde as eleições passadas, partidos de esquerda apostaram nas eleições para conselhos tutelares no rumo de obter visibilidade.

Por exemplo, Keka Bagno, que disputou o Buriti pelo PSOL, é hoje conselheira tutelar. Como mostra Chico Sant’Anna, os vídeos atravessam fronteira. Em um deles, o deputado bolsonarista Gustavo Gayer, que é de Goiás, diz que essa é a oportunidade de barrar o avanço das esquerdas. 

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