A deputada brasiliense Érika Kokay recorreu a Celso Furtado nesta terça-feira, 28, para uma defesa do regime do funcionalismo público diante das propostas de reforma administrativa. De acordo com ela, “tinha razão Celso Furtado quando disse que cabe ao Estado enfrentar os problemas nacionais”, que são sempre “perpassados por uma profunda desigualdade, com a valorização dos servidores e servidoras”.
Por isso, disse ela, precisa-se reconhecer todos os servidores que constroem as políticas públicas neste País “e, ao mesmo tempo, o nosso compromisso de impedir que nós tenhamos flexibilização na estabilidade”. Érika Kokay afirmou que a estabilidade é um instrumento fundamental para que o servidor tenha condições de enfrentar qualquer gestor que apresente posturas inadequadas à lógica republicana, mas também para preservar a própria memória.
Não podemos permitir retrocesso
Por isso, declarou, “penso que nós devemos impedir que tenhamos a aprovação desta proposta que circula aqui, ou que foi protocolada que, como emenda constitucional, em verdade, afeta servidores”. Érika recebeu apoio do também brasiliense Rodrigo Rollemberg, afirmando que “não podemos permitir retrocesso na estabilidade do servidor público, na redução dos salários iniciais das carreiras dos servidores públicos nem na redução do teletrabalho, que foram conquistas dos servidores públicos”.
Rollemberg aproveitou para insistir na defesa da ampliação do teletrabalho, que “trouxe melhoria ao trânsito das cidades e a redução das emissões de gases poluentes”.