A CPI do Rio Melchior, presidida pela distrital Paula Belmonte (PSDB), encerrou seus trabalhos com um movimento que elevou a temperatura política na Câmara Legislativa.
Em aditamento ao relatório final, Paula propôs o indiciamento de órgãos públicos e empresas privadas envolvidos na poluição da bacia que corta Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Samambaia, incluindo CAESB, SLU, ADASA e empreendimentos da região. O deputado Gabriel Magno (PT) subscreveu o pedido.
Embora o relatório tenha sido aprovado por unanimidade, a parte que tratava diretamente do indiciamento acabou rejeitada por três votos a dois. Ainda assim, o gesto político ficou registrado.
Nos bastidores, a leitura é de que Paula optou por marcar posição, reforçando o discurso de responsabilização não apenas dos poluidores, mas também de quem falhou na fiscalização. A deputada tem insistido que a CPI foi “propositiva”, mas sem abrir mão de apontar responsabilidades.