Em uma sessão esvaziada na Câmara dos Deputados, com apenas quatro oradores, a deputada brasiliense Bia Kicis, sempre ela, não iria desperdiçar a chance de bater no governo Lula. Acusou-o de rebatizar o Programa Auxílio Gás, que foi um programa criado pelo Governo Bolsonaro, de Gás para Todos.
Mas o verdadeiro objetivo seria aumentar as despesas. Para ela, o Projeto de Lei nº 3.335, de 2024, do Lula, subscrito também pelo seu Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — que define como “aquele político mineiro do PSD que está doidinho para acabar com a autonomia da ANEEL e de outras agências reguladoras, para poderem aparelhá-las à vontade” —, quer substituir o programa sancionado por Jair Bolsonaro e colocá-lo fora do arcabouço fiscal.
“Eles vão turbinar as despesas do programa, ao elevar os atuais R$ 3,4 bilhões para R$ 5 bilhões, somente agora, no próximo ano, e depois, para R$ 13,6 bilhões, em 2026. Vejam: é um programa atualmente em torno de 3 bilhões de reais, que passará para 13 bilhões de reais em 2026, em ano eleitoral. Isso é bom lembrar”, calculou Bia.
É que, no Programa Gás para Todos, há a troca sistemática simplificada atual, e a família recebe o benefício em dinheiro para comprar o botijão, por uma logística complexa de troca física desses bujões de gás.
“É desnecessário até acrescentar que as empresas fornecedoras poderiam se aproveitar desse esquema nebuloso, sem transparência, para desviar dinheiro público, coisa que neste Governo é comum”, acrescentou Bia.
Dinheiro público nada mais é do que dinheiro do pagador de impostos. Com isso, ele acaba recompensando os aliados do Lula e do Silveira. E já nas próximas eleições. De acordo com a deputada brasiliense, “esse é mais um esqueminha para fraude eleitoral, pois o jeito arquitetado por este desgoverno para excluir o Programa Gás para Todos do Orçamento e da fiscalização do Congresso, certamente, além de escapar ao Tribunal de Contas da União, consiste em passar sua operação pela Caixa Econômica Federal. As empresas produtoras de gás e de petróleo bancariam o novo programa, ao depositar suas contribuições obrigatórias no Fundo Social do Pré-Sal e na Caixa Econômica Federal”.