A deputada brasiliense Érika Kokay pagou um mico na última sessão da Câmara, quando lutou até o fim para impedir que se mantivessem os plenos poderes do Ibama para tolher o uso da terra.
Quando se votava o projeto de lei conhecido como liberação ambiental, que suprime a ditadura do Ibama, Érika disse estar “convencida que a Maioria iria liberar as restrições ao uso da terra, mas é importante entender que esta emenda do Senado tira a anuência do Ibama à supressão. Portanto, ela fragiliza, sim, e fragiliza os biomas previstos em nossa Constituição. Em verdade, quando se fragmenta o exercício do controle ambiental, com todo o respeito aos órgãos estaduais e municipais que fazem a defesa do meio ambiente”.
Enquanto isso, a bancada da maioria votava o projeto que acaba com a ditadura do Ibama. O plenário irrompeu em palmas e o relator gritou “Acabou!”. O projeto fora votado e aprovado.
Érika ainda tentou falar: “Presidente, só para repor os 2 segundos que me foram retirados”. Mas não havia mais nada a discutir e o líder do bloco do MDB, Alceu Moreira, assumiu a resposta: “Pode ficar a noite inteira falando aí agora”.
Mas Érika não deu o braço a torcer e voltou ao microfone: “Eu gostaria, Presidente, que houvesse respeito, e peço a V.Exa. que recomponha os segundos que me foram retirados”.