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Do Alto da Torre
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Codhab: Os desafios de Wellington Luiz na habitação

O desenho que vêm sendo estudado pela companhia pretende conceder moradia a pessoas idosas, mas de forma provisória

Lucas Valença

20/02/2020 14h33

wellington luiz

Foto: Divulgação/CLDF

A Codhab tem desenvolvido duas políticas públicas que, caso saiam do papel, poderão se tornar vitrine política para o governador ibaneis Rocha no futuro. Uma delas diz respeito a concessão de moradia para idosos e a outra para mulheres vítimas de agressões, em especial, conjugais. O objetivo da atual gestão, comandada pelo ex-distrital Wellington Luiz, será por os projetos em prática ainda neste ano.

O desenho que vêm sendo estudado pela companhia pretende conceder moradia a pessoas idosas, mas de forma provisória. Ou seja, a escritura será dada ao morador, mas após a sua morte a casa volta para as mãos da Codhab para que um outro idoso possa ocupar o local.

Essa concessão provisória, no entanto, pode durar anos, mas integrantes da empresa entendem que é uma forma de a companhia garantir a sequência da política ao longo do tempo.

Alguns modelos de condomínios já estão prontos e a a companhia tem pressa em tirar a ideia do papel. Só que o projeto é ambicioso e a garantia é de que entre em vigor ainda neste ano.

Algumas áreas que concentrarão as moradias momentâneas ainda estão sendo definidas, mas a Codhab estuda a possibilidade de um centro em Taguatinga e em outras regiões administrativas não tão longe do Plano Piloto de Brasília. O objetivo será evitar a segregação social desses idosos em condições de vulnerabilidades sociais. Há um entendimento na companhia de que o “isolamento” dessas famílias criaria um problema maior à sociedade brasiliense e aos próprios moradores.

O modelo que virá a ser adotado ainda não foi totalmente definido e está em fase de discussão. Também se estuda a possibilidade de se implantar Parcerias Público Privadas (PPPs) para a gestão dos condomínios, mas ainda não se sabe de onde virá a renda para a entrega à gestão privada. É preciso lembrar que, ou o aluguel será baixo, já que se trata de pessoas de baixa renda, ou o aluguel será inexistente.

E as mulheres ?

Há informações de que codhab também tem procurado desenvolver políticas públicas para as mulheres vítimas de agressões domésticas. A ideia será tentar “dar independência” às mulheres para que elas possam sair do local onde são violentadas.

O órgão estuda criar lares para que mulheres possam se instalar com os filhos até que as medidas cabíveis sejam tomadas. A intenção pode acabar motivando possíveis denúncias contra os que agridem. “Já tem legislação prevendo o mecanismo, agora vamos fazer valer este direito”, afirmou uma fonte interna.

Segundo o diretor da Codhab, Weligton Luiz, a meta da atual gestão será a constituição de 60 mil moradias e a liberação de 300 mil escrituras. Todo o planejamento já chegou a ser feito, agora vem a parte mais difícil, a execução.

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