Após a oposição conseguir 41 assinaturas favoráveis a seu afastamento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, a receber a visita de executivos e parlamentares de vários estados.
A lista dos que vão visitar o ex-presidente na sua residência em Brasília inclui a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP, na foto), o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), os deputados Zucco (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG) e Marcelo Moraes (PL-RS), e o empresário Renato de Araújo Corrêa, de Angra dos Reis (RJ). As visitas devem ocorrer até às 18 horas desta quinta-feira, 7.
No ofício em que pediu autorização para visitar Bolsonaro nesta quinta-feira, Tarcísio disse ser “correligionário e amigo” do capitão reformado e que considera que há razões “político-institucionais” e “humanitárias” que justificariam a autorização por Moraes.
Tarcísio está em Brasília e participou da cerimônia de promoção dos generais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O governador não discursou e manteve postura discreta durante o evento. Além dele, estiveram na cerimônia o presidente do PSD e seu secretário de governo em SP, Gilberto Kassab, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Amaro Santos, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e os deputados federais Zucco e Celso Russomano (Republicanos-SP).
Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na última segunda-feira, 4, por descumprimento de medidas cautelares. Na mesma decisão, o ministro também o proibiu de receber visitas e de usar celular. Nesta quarta-feira, 6, o ministro proferiu novo despacho autorizando o ex-presidente a receber visitas de filhos, noras e netos.
Críticas à legislação que favorece criminosos
A propósito, Celina participou nesta quinta-feira de uma reunião de governadores para discutir segurança. Disse que a legislação favorece criminosos e que não adianta contratar policiais sem que haja a garantia de que o criminoso comum permanecerá preso.
Ela contou o caso de um restaurante comunitário do Distrito Federal em que um cidadão que já fora preso 20 vezes acabara de ser posto em liberdade e, no próprio refeitório, cometeu o 21º crime, matando uma mulher.