Debater políticas de proteção a crianças e adolescentes e o atendimento aos egressos do serviço institucional de acolhimento – ou seja, as crianças e adolescentes protegidas de suas próprias famílias por ordem do conselho tutelar – foi conduzido por comissão geral da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira, 10. Os jovens queixaram-se falta de autonomia financeira, à precarização do trabalho e aos preconceitos.
No primeiro ponto, os depoimentos dos egressos deram conta do despreparo para a “vida financeira”, pois, em muitos casos, os recursos de bolsas de estágio não chegam aos jovens, ficam numa poupança. Outro referiu-se aos problemas que eles passam a enfrentar após a saída do programa, quando precisam estudar e trabalhar para ter seu próprio sustento.
De acordo com os relatos, nos estabelecimentos educacionais onde os adolescentes abrigados em unidades de acolhimento estudam ou em ambientes de trabalho são várias as dificuldades, como o bullying e o desconhecimento sobre o funcionamento das instituições por parte dos demais alunos, de patrões e trabalhadores. A gravidez na adolescência também foi listada nesse ponto.