Foi um golpe de mestre o tratamento dado pelo Buriti à greve dos professores. Como se sabe, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) encerrou a greve da categoria na quarta-feira, 25 de junho, após aceitar uma proposta do Governo do Distrito Federal (GDF). A greve, que durou 24 dias, tinha como objetivo principal a negociação de reajustes salariais, reestruturação da carreira e nomeação de aprovados em concurso público.
Mas a turma do GDF sabia também que um dos principais objetivos da direção do sindicato era garantir a sua própria reeleição. Conseguiu, com uma negociação bem feita pela Casa Civil de Gustavo Rocha, o retorno às aulas mediante custo muito baixo, com a promessa de reajuste por titulação e a chamada de professores aprovados no último concurso.
Com isso, o movimento esvaziou-se, mesmo com lideranças dissidentes acusando a direção de fraudar uma votação, contando o número de votos mediante mãos levantadas como maior para o fim da greve quando, segundo os dissidentes, ocorreu justamente o contrário. Também o Sindsaúde teve esvaziamento mediante medidas do governo.