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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Autoridades militares na mira da CPI

Cada vez mais a comissão deverá voltar-se para autoridades federais e, nesse capítulo, para o Exército

Eduardo Brito

24/03/2023 5h00

Atualizada 23/03/2023 18h53

Foto: Carlos Gandra/CLDF

O foco da CPI dos atos antidemocráticos da Câmara Legislativa deve sofrer uma inflexão após o depoimento, prestado nesta quinta-feira, 23, pelo delegado federal Júlio Danilo Souza Ferreira, que foi secretário de Segurança Pública do DF até a virada do ano.

Cada vez mais a comissão deverá voltar-se para autoridades federais e, nesse capítulo, para o Exército. A CPI já havia incluído entre os depoentes o ex-ministro Augusto Heleno, general de quatro estrelas na reserva e imagina transformar em convocação o convite ao general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.

O presidente da CPI, distrital Chico Vigilante, avaliou que, após Júlio Danilo revelar a intervenção do Comando do Exército para impedir o desmonte do acampamento instalado no Setor Militar Urbano, “está mais do que clara a participação do Comando do Planalto no apoio aos manifestantes”.

Afinal, lembrou, “o acampamento ficou instalado por mais de 90 dias em Brasília “e isso teve consequência direta na manifestação do dia 8 de janeiro”.

Na opinião de Vigilante, “esse acampamento foi a célula central de organização dos atos do dia 8 de janeiro”.

Por isso, acrescentou, “estamos aguardando avaliação da procuradoria da Câmara sobre a possibilidade de convocarmos militares para virem depor na CPI, pois queremos que venham como convocados e não apenas como convidados”.

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