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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Ausente, mas com verba ativa

O caso levanta questionamentos éticos

Eduardo Brito

10/09/2025 18h38

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Daniel Donizet crédito Jornal de Brasília

Mesmo afastado por licença médica desde o fim de junho, o distrital Daniel Donizet (foto) continua movimentando a verba indenizatória da Câmara Legislativa.

Em agosto e setembro, seu gabinete solicitou R$ 9 mil mensais para locação de veículos e divulgação de atividade parlamentar. Vale lembrar que ele está de licença do mandato desde o fim do mês de junho, quando apresentou licença de saúde de 60 dias — que foi renovada novamente na semana passada por mais 60.

Os registros do Portal da Transparência mostram que, entre janeiro e junho, Donizet manteve gastos consistentes, sempre acima de R$ 10 mil. Nos três primeiros meses do ano, os desembolsos com divulgação (R$ 9,5 mil, R$ 8,2 mil e R$ 8,5 mil), somados ao contrato de veículo de R$ 5,5 mil, chegaram a estourar o teto autorizado, gerando saldo negativo em fevereiro e março.

Questão ética

O caso levanta questionamentos éticos: se a verba indenizatória existe para garantir o funcionamento do mandato, faz sentido mantê-la ativa quando o deputado está ausente por longos períodos?

No caso de Donizet, ao menos R$ 9 mil mensais seguem saindo dos cofres públicos para sustentar contratos fixos de um gabinete em suspensão.

A situação ganha peso diante do histórico do parlamentar, que desde 2019 acumula polêmicas — das denúncias de “rachadinha” e servidores fantasmas às acusações de assédio, omissão de socorro, importunação sexual e recusa ao bafômetro.

Um repertório que reforça a necessidade de mais rigor na fiscalização sobre sua conduta e sobre o uso de recursos públicos.

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