Publicado o veto de Lula à Lei Eleitoral que fez correções na Lei da Ficha Limpa, constatou-se que o ex-governador José Roberto Arruda pode, sim, disputar as próximas eleições.
O veto não foi total, poupando a maioria dos dispositivos da nova lei, inclusive o que muda a contagem do tempo de inelegibilidade, agora iniciada no momento do impedimento de quem exercia cargo público e foi afastado, caso de Arruda.
Seu prazo de inelegibilidade será agora contado a partir do momento em que teve de deixar o cargo, 15 anos atrás. Como a inelegibilidade é de oito anos em casos como o seu, de improbidade conexa a questões eleitorais, o ex-governador já o cumpriu há muito tempo. Pela versão anterior, o prazo se iniciava com a condenação.
O veto de Lula atingiu apenas os detentores de mandato que respondem a processos criminais, o que não é o caso de Arruda, que assim poderá concorrer no ano que vem.
Na votação da nova lei, registre-se, o caso do ex-governador foi lembrado quando discutida no Senado, pois a demora se deveu a indefinições do Judiciário.
Izalci fala em coligar
Também no PL, o senador brasiliense Izalci Lucas avaliou nesta terça-feira, 30, como positivo o retorno de José Roberto Arruda ao cenário político.
Para ele, a entrada do ex-governador nas eleições de 2026 pode “unificar a direita no Distrito Federal”. Disse que pode, inclusive, fechar uma aliança com o ex-governador. Afinal, raciocina, a esquerda já fala em duas chapas e nós – referindo-se à direita – podemos trabalhar juntos.