Marcada para as 17h desta segunda-feira, 15, a festa de filiação do ex-governador José Roberto Arruda ao PSD, para nova tentativa de chegar ao Buriti, demorou bastante para começar. Espaço amplo demais, não lotou com rapidez. Os figurões ficaram em uma sala especial, aguardando a hora de começar a festa. Estavam lá o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, figurões da política brasiliense como o ex-senador Gim Argello e o deputado Alberto Fraga, muitos goianos vinculados ao partido. Mas também muita gente demorou a chegar.
O senador Izalci Lucas, que é do PL, prometera apoio a Arruda, esperou o público aumentar, mas entrou no salão a seu lado, como um dos principais apoios. A propósito, Paulo Octávio, antigo companheiro de chapa e hoje correligionário pessedista, não apareceu. Mas praticamente todos os que compuseram o governo Arruda, entre 2007 e 2010, apareceram por lá.
Já com uma multidão em volta, Arruda fez questão de avisar que está elegível, explicando os pormenores jurídicos, e criticou muito o governo Ibaneis. Ignorou solenemente a esquerda toda – em vez de crítica, o desprezo –, mas deu a entender que acabaria por esperar o apoio deles, até por falta de opções. As acusações foram todas a Ibaneis.
E houve elogios a Michelle Bolsonaro e a Bia Kicis, ambas do PL, como se elas pudessem integrar a chapa dele como candidatas ao Senado, cargos que estão, e provavelmente ficarão, vagos. O veterano deputado goiano Vilmar Rocha, hoje sem mandato, foi o primeiro de fora a resumir seu pensamento: “Percebo que Arruda está no inconsciente do povão, das classes médias e, até, das elites de Brasília. É extremamente competitivo, diplomático”.