Ontem, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) prestigiou seu antigo aliado, Alberto Fraga (DEM), e disse até que ele seria um nome para ajudá-lo durante um eventual governo. O problema é que Fraga já perdeu as eleições para o Governo de Brasília e a derrota, inclusive, o fez antecipar a aposentadoria da vida pública. Considerando que Bolsonaro tem quase 70% das intenções de voto no DF atualmente, certamente a fézinha do candidato do PSL poderia ter mudado o destino de Fraga.
Tô mas não tô
Mesmo estando de voto e de alma com Bolsonaro no primeiro turno, de corpo Fraga foi obrigado a apoiar Geraldo Alckmin (PSDB). Isso porque seu aliado para o pleito foi o senador eleito Izalci Lucas (PSDB), que precisou criar a ponte entre o presidenciável tucano e Fraga para convencer a cúpula nacional do seu partido a permitir a aliança.
Lá não
Izalci, originalmente, era o candidato ao Governo de Brasília do grupo de Rogério Rosso (PSD) e Cristovam Buarque (PPS), mas foi preterido para dar lugar a Rosso e se recusou a desempenhar o papel de vice, deixando a coalizão a fórceps. Como o PSD estava coligado nacionalmente com o PSDB, Izalci teve de prometer palanque a Alckmin na coligação de Fraga para que o partido não minasse sua candidatura ao Senado no novo grupo.
Chapa feminina
Na chapa de Leila do Vôlei (PSB), sua primeira substituta é a ex-secretária de Planejamento do governo Rollemberg Leany Lemos (PSB), que foi, inclusive, a primera opção da coalizão para a candidatura do partido ao Senado. A troca fez vários adversários alegarem que Leila era o rosto popular que daria lugar a Leany caso eleita, mas o grupo sempre rechaçou a possibilidade. A segunda suplência ficou com a museóloga Ivonete Nascimento. Elas formaram a primeira chapa 100% feminina do DF. Mesmo o PSOL lançou dois candidatos homens este ano.
Horário de verão
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua sua cruzada contra as fake news. Por enquanto, apenas contra as que envolvem o próprio órgão. Ontem, por meio de seu site oficial, a Corte contestou um boato sobre as urnas eletrônicas estarem erroneamente programadas de acordo com o horário de verão, que este ano foi postergado, e, por isso, votos feitos antes das 9h ou após as 16h não seriam computados.
Apenas parem
Além de afirmar que isso não é verdade, o TSE foi além ao explicar que tanto a computação quanto a apuração das urnas não acontecem concomitantemente em todo o País, devido aos fusos existentes pelo Brasil, e, portanto, a informação acima não procede. “As urnas não estão programadas para entrar no horário de verão antecipadamente, mas sim, para funcionar no horário oficial”, assegura o Tribunal.
Perdidos no espaço
Logo depois de desembarcar da candidatura à reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB), a Rede anunciou (ver página 6) apoio ao adversário, Ibaneis Rocha (MDB), aumentando o já transbordante grupo de apoio do ex-presidente da OAB-DF. O problema é a Rede convencer, no próximo pleito, que é um partido consistente. O grupo de políticos que compõem a sigla ajudaram Rollemberg a se eleger, desembarcaram de seu governo durante o mandato, voltaram para a base, de olho nas eleições, e depois o abandonaram quando Chico Leite não foi eleito senador.
E aí?
Situação parecida vive o PDT-DF, que ajudou o governador a se eleger em 2014, também desembarcou do governo no meio do caminho e voltou em virtude da disputa eleitoral. No caso do PDT, porém, os quadros do partido têm a desculpa de terem sido obrigados pela Executiva Nacional a se juntarem a Rollemberg para ter um palanque de Ciro Gomes no DF. E a Rede?