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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Amigo oculto

Arquivo Geral

24/12/2018 7h00

Atualizada 23/12/2018 22h07

É véspera de Natal mas, devido ao ano eleitoral, os políticos do DF trocaram presentes muito antes, lá em setembro. Quem mais acertou na lembrancinha foi o governador em fim de mandato Rodrigo Rollemberg (PSB). Dentre as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na campanha dos 35 eleitos no DF, sem contar suplentes e vice, ninguém fez contribuições a tantos nomes bem sucedidos no pleito quanto ele. O atual chefe do Executivo doou recursos a quatro candidatos que assumirão cargos em 2019: José Gomes (PSB), Leila do Vôlei (PSB), Reginaldo Veras (PDT) e Roosevelt Vilela (PSB). Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Econômico

Pode-se dizer que Rollemberg foi eficiente. O maior valor que ele cedeu por meio de sua candidatura ou pessoalmente foi à senadora eleita Leila, de R$ 18.666,07. Número baixo para o contexto, mesmo após as limitações de uso de recursos com a minirreforma política de 2016. Considerando que a ex-atleta repassou R$54.900 para a tentativa de reeleição de Rodrigo, foi como se ela lhe desse um presente bacana e ele retribuisse com um chaveirinho. Amigo oculto da firma tem dessas.

Saldo bom

Apesar dos pesares, todo mundo se deu bem, de certa forma. Mesmo Rollemberg, que não se reelegeu, manteve aliados em todas as esferas do Legislativo e já está de olho em 2022. O mesmo pode ser dito do megaempresário Fernando Marques, que se lançou ao Senado pelo SD. Ele fez contribuições a três candidatos eleitos: Júlio Cesar (PRB), Rodrigo Delmasso (PRB) e Robério Negreiros (PSD).

Solidariedade ou generosidade

Marques, contudo, abriu o bolso na hora de fazer as doações. Só ao deputado federal eleito Júlio César foram mais de R$ 680 mil. Foram mais R$ 250 mil a Delmasso e outros R$ 220 mil a Robério. Em maior ou menor escala, presentes como os de Rollemberg e Marques devem reavivar o espírito natalino de seus aliados quando eles precisarem, mesmo fora de época.

Amigos para sempre

A entrada de Jaqueline Silva (PTB) na Câmara Legislativa do DF (CLDF) no lugar de Telma Rufino (Pros) obviamente deixou a candidata feliz, mas também fez alegria de outra pessoa. A federal eleita Paula Belmonte (PPS) ficou radiante com a entrada da colega na Casa. Ambas se uniram durante a campanha e têm feito postagens em redes sociais juntinhas para celebrar a reviravolta proporcionada pelo TSE na última semana.

A Grande Família

A proximidade das duas também está escancarada na divulgação de contas eleitorais. O marido de Paula, o advogado Luis Felipe Belmonte (PSDB), doou R$ 155 mil à campanha de Jaqueline Silva, mais da metade do valor total que a candidata recebeu para disputar uma vaga na CLDF. Outro distrital, João Cardoso Professor-Auditor (Avante) também será um aliado na Câmara para os Belmonte. Luis Felipe contribuiu como R$ 20 mil para o candidato, metade de todo o valor arrecadado pelo parlamentar eleito.

Aqui e acolá

Assim, os Belmonte terão pelo menos dois elos diretos na CLDF, a própria Paula na Câmara Federal e, obviamente, Izalci (PSDB) no Senado. Luis Felipe, que é seu primeiro suplente, foi o maior doador do tucano, tendo repassado mais de R$ 1,4 milhão. Resta ao casal tentar se aproximar do Poder Executivo, já que apesar de terem boa relação com o governador eleito Ibaneis (MDB), a amizade poderia ser mais próxima.

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