Aparentemente haveria unanimidade em votação da Câmara sobre projeto já aprovado pelo Senado. De autoria da senadora Margaret Buzetti, o texto visa combater a violência no país. É claro que, quando mais pessoas morrem, mais mulheres morrem, mais transexuais morrem, mais crianças morrem, mais idosos morrem. Mas aqui estamos falando das mulheres. Até a deputada brasiliense Bia Kicis, sempre ela, se mostrou favorável.
No entanto, ela se lembrou de uma restrição. “Infelizmente, essa mesma compaixão que temos pelas mulheres não é dada pela esquerda a pessoas simples, mulheres também, mães de crianças, inclusive, que estão presas longe dos seus filhos. Não há nenhuma compaixão para com as crianças que estão crescendo longe das suas mães. Mas qual esquerda exatamente? Sim, ela mesma, a esquerda que se instalou no Supremo Tribunal Federal.
Bia Kicisse referia a Débora Rodrigues dos Santos, que vem a ser a mulher que no 8 de janeiro de 2023 escreveu “Perdeu, mané” com batom na estátua do Supremo, utilizando-se de uma frase de um ministro, hoje presidente do Supremo Tribunal Federal.
“Ela está presa. Foi condenada, se não me engano, a 14 anos longe dos filhos. Isso é de uma maldade atroz”. O autor da condenação, claro, é o ministro Alexandre de Moraes. Para Bia Kicis, “ninguém pode dizer que essa mulher é uma terrorista. Isso é uma vergonha! É uma vergonha alguém chamar uma pessoa como a Débora de terrorista! Eu me recuso! Eu estou aqui para defender as mulheres e não vou aceitar que chamem a Débora de terrorista e que submetam seus filhos a crescerem longe da mãe”, disse ela em discurso na Câmara dos Deputados.
